SERVIÇO PÚBLICO
Improvisação na Receita
Ao ler o editorial Administração de improviso (15/1, A3), referente à improvisação de atendimento aos segurados do INSS, lembrei-me da semelhança no atendimento da Receita Federal. Todos os anos transmitimos nossas declarações de renda de acordo com a legislação em vigor. E quando temos algum valor a ser restituído (se é restituição, quer dizer que já pagamos acima do devido), aguardamos impacientemente a liberação. Mas a Receita Federal alega haver divergências. Então, analisamos todas as informações transmitidas e constatamos que a declaração está perfeitamente correta. Aí a Receita Federal diz que somente a partir de janeiro do ano seguinte o contribuinte poderá agendar a apresentação da documentação que comprova que ele está correto. Chega janeiro do ano seguinte, o contribuinte entra no site da Receita e começa uma longa tortura. Qualquer horário que tenta agendar, o sistema informa que as vagas estão esgotadas. O problema não termina aí, lá por março ou abril enfim se consegue agendar e apresentar toda a documentação comprovante de que o valor a ser restituído está correto. O atendente confere, confirma verbalmente que está tudo certo e o contribuinte fica esperando a liberação do seu dinheiro. E, então, surpresa! Fica o resto do ano com a seguinte informação no site: documentação em análise para liberação. Lamentável. EDSON MEDEIROS elmer.corretor@gmail.com
São Paulo
Quadro desfalcado
O editorial alude à improvisação do atual governo na administração do INSS, todavia seus problemas vêm de longa data. E mais: conforme o próprio editorial informa, 6 mil funcionários do órgão se aposentaram em 2019, além dos servidores que estão afastados por licenças e dos deslocados para outros órgãos do governo. Olhado o assunto com essas informações se entende que nenhum planejamento poderia suportar o incremento no número de pedidos de aposentadoria apresentados ao longo do ano passado. Quanto à utilização de militares da reserva para pôr o serviço previdenciário em ordem, parece-me que os 30% adicionais a seus benefícios vigentes representam valor muito menor do que seria a contratação de novos funcionários, ou a terceirização temporária dos serviços. Além de que essa medida evita processos de contratação que se estenderiam por meses, o que só agravaria o problema. Diante de tudo isso, a questão não se me afigura como apenas de mero improviso. ABEL CABRAL abelcabral@uol.com.br Campinas
Licença médica no INSS
Só mesmo num órgão público 20% dos funcionários ficam em licença médica. Na iniciativa privada, com certeza muitos seriam demitidos por justa causa. RENATO MAIA casaviaterra@hotmail.com Prados (MG)
Atraso
A reforma da Previdência foi aprovada e sancionada, mas os anunciados avanços ainda não venceram as amarras do atraso. É ultrajante o sofrimento de idosos em busca de seus direitos. VICENTE LIMONGI NETTO limonginetto@hotmail.com Brasília