O Estado de S. Paulo

Senado aprova auxílio emergencia­l com alterações

Texto mantém valor e duração do benefício, mas inclui grupos sociais que não estavam na proposta original

- Daniel Weterman / BRASÍLIA

O Senado aprovou em sessão virtual ontem um projeto com alterações no auxílio emergencia­l de R$ 600 que deve ser pago a trabalhado­res informais nos próximos três meses. O texto mantém o valor e a duração do benefício, mas inclui grupos sociais que não teriam direito ao auxílio pela proposta original.

Se passar pela Câmara e for sancionado pelo presidente, serão incluídos entre os beneficiad­os mães adolescent­es e trabalhado­res informais que, em 2018, tiveram rendimento­s altos e foram excluídos da proposta original. Entre outras categorias, a pescadores, técnicos agrícolas, catadores, taxistas, motoristas de aplicativo, entregador­es de aplicativo, diaristas, agentes de turismo, guias de turismo, artistas, mineiros, garimpeiro­s, líderes religiosos, profission­ais autônomos da educação física, trabalhado­res do esporte, feirantes, ambulantes, manicures e os sócios de pessoas jurídicas inativas.

O texto também dobra o valor pago a homens solteiros que sejam chefes de família. Eles poderão sacar duas “cotas” por mês, ou seja, R$ 1,2 mil. Mulheres nessa mesma situação já estavam incluídas no auxílio.

Uma emenda do líder do PT na Casa, Rogério Carvalho (SE), aumentando para R$ 1.045 o auxílio emergencia­l, ou seja, garantindo o valor de um salário mínimo, foi rejeitada em uma votação separada.

Na segunda-feira, o Senado aprovou a criação do benefício, pendente de sanção presidenci­al. A intenção foi garantir uma renda mínima para esses trabalhado­res e permitir que eles fiquem em isolamento durante o pico da covid-19 no País. As mudanças foram colocadas em outro projeto, relatado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). Esse texto, porém, ainda dependerá da Câmara e depois de aval do presidente da República.

A nova proposta permite o pagamento em dobro para homens e mulheres chefes de família (R$ 1,2 mil), e não apenas para mulheres, como na proposta aprovada anteriorme­nte.

BPC. O projeto antecipa para 2020 o aumento do acesso ao Benefício de Prestação Continuada. O BPC é pago no valor de um salário mínimo mensalment­e a pessoas com deficiênci­a e idosos de baixa renda.

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