JAZZ PERDE UM DE SEUS GIGANTES POR COVID-19
Músico era pai do trompetista Wynton e do saxofonista Branford
Ellis Marsalis Jr., um pianista e educador que se tornou a força orientadora e estava por trás do renascimento do jazz no final do século 20, ajudando a moldar as carreiras musicais de quatro filhos, morreu na quarta-feira, 1º, em um hospital em Nova Orleans. Ele tinha 85 anos e morreu por complicações da covid-19, disse seu filho Branford.
Marsalis passou décadas como músico e educador em sua cidade natal, Nova Orleans, orientando a própria família e outros jovens músicos, antes de seus filhos Wynton e Branford se tornarem famosos, nos anos 1980.
Pouco depois, foi a vez de Ellis Marsalis se tornar um nome conhecido no meio musical. Em Nova Orleans, sua devoção ao bebop e suas ramificações o marcaram como um intruso e o posicionaram na extremidade progressiva, em uma cidade onde a maioria dos músicos se apegou a um estilo mais tradicional enraizado no início do século 20. No cenário nacional, a ascensão de sua família no jazz transformou Marsalis e seus extravagantes e talentosos filhos em guias de um novo movimento do jazz.
Em 1979, quando Marsalis tocava regularmente no Carnegie Tavern, em Manhattan, o New
York Times observou que ele evitava os estilos tradicionais de Nova Orleans e o descreveu como “um eclético artista com um toque leve e gracioso, mas com uma mente mais exploratória”. Marsalis Jr. aprendeu a tocar clarinete e saxofone tenor antes dos 10 anos, mas mudou para o piano aos 20. Deu o clarinete a Branford e o trompete a Wynton e tocou When the Saints Go Marching In com eles quando tinham 6 e 7 anos. Em 2008, Marsalis passou a integrar o hall da fama da música de Louisiana. Em 2011, sua família ganhou o prêmio de “mestres do jazz” em reconhecimento às contribuições para a música e a cultura americanas.