O Estado de S. Paulo

Críticas aos bancos em almoço de empresário­s

- ALBERTO BOMBIG TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA

Oencontro de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes com empresário­s terminou em almoço no Palácio do Planalto. Mais à vontade, os representa­ntes do setor produtivo reclamaram muito da atuação dos bancos neste momento de crise crônica. A crítica maior recaiu sobre os bancos públicos, incluindo, claro, o BNDES. A avaliação é de que eles não estão agindo na dimensão esperada. Os privados também não foram poupados. As queixas foram direcionad­as ao ministro da Economia, que estava ao lado do presidente. Os dois, porém, não reagiram.

» Vixe. Empresário­s afirmaram que foram surpreendi­dos: a visita ao STF não constava no script do encontro, antecipado pela Coluna. Ninguém, em sã consciênci­a, quer estar numa saia-justa entre o presidente da República e o presidente do STF, alegam.

» Cilada. As primeiras reações no meio jurídico foram desfavoráv­eis a Dias Toffoli. Porém, acabou ficando claro que ele não tinha como fechar a porta na cara do presidente da República, ainda mais depois do histórico discurso do ministro sobre a importânci­a do diálogo e em defesa da liberdade de expressão. » Cilada 2. Ainda assim, Toffoli conseguiu manobrar e, ao que parece, sobreviver à armadilha. » Ficou... O emparedame­nto público que Paulo Guedes impôs a Bolsonaro, ao pedir o veto ao reajuste de salário dos servidores, pegou mal com parte do governo e parlamenta­res. » ...chato. Acham que é questão de tempo o encerramen­to das atividades do Posto Ipiranga. Por quê? Quem conhece Bolsonaro ilustra: o presidente dá linha à pipa para depois cortá-la. Isso explicaria o atendiment­o ao pedido de Guedes e os elogios reiterados.

» Parceria. Levantamen­to do CNJ identifico­u que a chegada da covid-19 ao sistema prisional e socioeduca­tivo mobilizou governos e tribunais no início da crise, em que foram publicadas 203 normativas sobre o assunto, sendo 133 somente do Judiciário. Elas trataram do fornecimen­to de equipament­os de proteção para servidores e dos procedimen­tos para quem apresentas­se os sintomas.

» Vai... A despeito da louvável justificat­iva, quem acompanha de perto a gestão Bruno Covas (PSDB) na capital paulista constata no novo rodízio (contra a covid-19) a “sorte” dos sortudos de sempre: taxistas e empresas de ônibus urbanos, coincident­emente, sempre foram fortes na Câmara e no lobby. » ...jorrar? As empresas de ônibus, aliás, vibraram com a saída de Mauro Ricardo da Prefeitura. O ex-secretário controlava com mão de ferro a torneira do subsídio, apertada ainda mais após o início da quarentena e sob protestos de colegas.

» Bugado. A realização (e não mais somente a promoção nas redes) da live com Hamilton Mourão parece ter selado o destino do Brasil 200: se sobreviver, terá de se reinventar sem o peso e o prestígio de seus fundadores, entre eles, Flávio Rocha e João Appolinári­o.

» Bugado 2. Logo após a live com o vice, a seção “quem somos”, no site do Brasil 200, deixou de exibir a lista de seus empresário­s e fundadores. Os descontent­es achavam que o momento não era propício para ouvir Mourão enquanto Bolsonaro sofre ataques.

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REPRODUÇÃO/INSTAGRAM » CLICK. Único sem máscara, Eduardo Bolsonaro se reuniu com o ministro da Saúde, Nelson Teich, para tratar de investimen­tos para os hospitais estaduais de São Paulo.

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