Papa liga para arcebispo para perguntar de SP
Estado registrou 46% de isolamento; na capital, só 50% da frota poderá sair amanhã
Às vésperas da adoção de um rodízio de veículos mais radical na capital paulista, o Estado de São Paulo registrou na sexta-feira, pela segunda vez, a taxa mais baixa de isolamento social desde o início da quarentena em março, 46%. A meta é 60% e o ideal para evitar o colapso do sistema de saúde é 70%.
São Paulo continua a ser o Estado com o maior número de mortes no País e as medidas de distanciamento social e o fechamento de comércios não essenciais foram prorrogados até o dia 31 de maio. Ontem, chegouse a 3.608 vítimas, 192 em 24 horas, além de 44.411 infecções confirmadas oficialmente.
Para ampliar o isolamento, a Prefeitura da capital anunciou um rodízio de veículos mais restritivo, que vale a partir de amanhã e busca tirar 50% dos carros das ruas. A medida vai valer para toda a capital, e não apenas no centro expandido, o dia todo, incluindo fins de semana.
Nos dias pares, circulam placas de final par (0, 2, 4, 6 e 8). E nos dias ímpares, as placas de final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9).
Permanecem excluídos do rodízio carros da polícia, do Exército, prestadores de serviço de rede elétrica e de gás, e
também veículos da área da saúde. Os profissionais de saúde devem fazer um cadastro na Prefeitura para eles conseguirem ficar fora da medida de restrição de circulação.
Até 9 de abril, a capital havia registrado 1.110 óbitos. No mês seguinte, até 8 de maio, foram 4.874 mortes, um aumento de 339,1%. A taxa geral de ocupação de UTIs no Município está em 86%, o que para especialistas já constitui o limite técnico – levando em consideração a dinâmica de entradas e altas. Até ontem, havia 1.621 internados na rede pública paulistana, sendo 424 em UTI.
Bloqueio na Imigrantes. Na primeira cidade paulista fora da região metropolitana a atingir mil casos confirmados da covid-19, a prefeitura de Santos, no litoral paulista, pediu ajuda para ampliar o isolamento. A cidade confirmou ontem 1.120 casos e 68 mortes – tem 322 pacientes internados, além de 17 óbitos em investigação.
A ocupação de leitos hospitalares nas redes pública e privada chegou a 72%. O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) já pediu ao governo paulista a ampliação de leitos em hospitais e a criação de bloqueios no Sistema Anchieta-Imigrantes para evitar a entrada de turistas na região.