Aumentar o isolamento social é o único remédio contra a covid-19
Número de mortos no Brasil já passa de 18 mil. Ficar em casa é a única forma de conter o contágio e evitar o colapso do sistema de saúde
“Respeitar a quarentena é fundamental”
Desde janeiro de 2020, a Prefeitura de São Paulo trabalha com informações científicas para adotar e ajustar as medidas implantadas no município para combater a pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19) com o objetivo de salvar vidas. A administração municipal, gradualmente, aumenta e acumula decisões procurando defender a população, especialmente a mais vulnerável, buscando com suas medidas a menor interferência no dia a dia das pessoas.
São avaliados, diariamente, dados, informações e estudos que geram encaminhamentos apresentados na forma de leis votadas pela Câmara Municipal em regime de urgência, decretos, programas, planos etc. Medidas que permitiram, em abril, somar aos 507 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) da cidade outros 835 espalhados em 18 hospitais municipais – até o final de maio serão mais 1.676 leitos de UTI.
A Prefeitura criou 2 mil leitos dos hospitais de campanha (Pacaembu e Anhembi) e reorganizou os serviços de atenção básica e hospitalar da cidade (Portaria nº 154/2020-SMS.G) para transformar leitos de enfermaria em UTI, e inovou na contratação de leitos de UTI da rede privada, que já passaram dos 200. Da mesma forma, estruturou um Plano de Contingenciamento Funerário, emergencial, para tornar mais robusto o serviço funerário, prevenir o seu colapso e não deixar de oferecer um funeral digno às pessoas.
Outra medida visando à segurança da população foi decretar a recomendação e, em seguida, a obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte público na cidade. A Prefeitura criou um Centro de Atendimento Respiratório no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), que fica em uma área isolada do complexo hospitalar, para atender os pacientes com infecções respiratórias com maior agilidade e segurança. Também disponibilizou Centros de Acolhida Emergencial para Idosos e Pessoas com Deficiência, Núcleos de Convivência e Polos de Higienização para População em Situação de Rua.
A administração da cidade está auxiliando 2,3 mil famílias de catadores de materiais recicláveis, aprovou legislação para garantir o salário de 108 mil empregados terceirizados, além de fazer um pacto com a sociedade civil e iniciar, do zero, o programa Cidade Solidária. Instituiu o Cartão Alimentação, beneficiando 350 mil famílias com auxílio mensal em substituição à merenda, e manteve o programa Leve-Leite, que garante o leite a 320 mil famílias.
O foco é garantir a segurança das pessoas, na busca por mecanismos para induzir um isolamento social que previna o colapso do sistema de saúde, sem parar os serviços essenciais da cidade, e procurando reduzir os impactos da pandemia sobre a economia. Os números, porém, não parecem ceder. Houve crescimento de 485% no número de mortes por covid-19 nos últimos 40 dias, e a taxa de ocupação dos leitos públicos de UTI passou dos 90%. A única forma comprovada para desacelerar o contágio, a manifestação dos sintomas, o seu agravamento e a consequente pressão sobre o sistema de saúde é o distanciamento social.
É exatamente a consciência da gravidade da situação que, a cada dia, faz a administração da cidade se reinventar, revisando medidas adotadas com o objetivo de salvar vidas. Implantou bloqueios educativos no trânsito, que permanecem até os dias atuais. Testou os bloqueios efetivos das vias, que, por sua vez, foram pouco efetivos e não deram o resultado esperado. Buscou um rodízio diferenciado de automóveis – alternando placas pares e ímpares durante 24 horas –, colocando mais 1,6 mil ônibus nas ruas da capital e que, apesar de ter tirado 1,5 milhão de pessoas de circulação, não alcançou o crescimento necessário de isolamento social.
Apesar de todo esforço em aumentar e preparar o sistema de saúde da cidade, a constante aceleração dos números de casos e mortes por covid-19 está aproximando a cada dia o ponto de colapso da capacidade dos leitos de enfermaria e UTI dos hospitais municipais, incluindo os de campanha. Para buscar maiores níveis de isolamento social, similares aos dos finais de semana, a Prefeitura resolveu antecipar feriados municipais. Desacelerar a pandemia, retardando o contágio, por meio do isolamento social é o necessário para evitarmos que a situação saia do controle.
Ficar em casa agora é preservar a saúde. Quem confirma e apoia essa atitude é a médica Thelma Assis, vencedora da 20ª edição do programa “Big Brother Brasil”. Ela sabe que o distanciamento social é a melhor forma de conter a disseminação do coronavírus. “Durante a pandemia, respeitar a quarentena é fundamental para não sobrecarregar o sistema de saúde. E, para ajudar os profissionais a salvar vidas, você precisa ficar em casa”, vem afirmando a médica em uma mensagem transmitida por vários meios de comunicação.