Atleta olímpica abre marca própria de roupa esportiva
Fabiana Moraes, dos 100 metros com barreira, organiza seu novo empreendimento durante a paralisação de torneios
A paralisação do calendário esportivo causada pelo novo coronavírus foi uma pausa bem-vinda para Fabiana Moraes, atleta da prova dos 100 metros com barreira. A carioca de 33 anos usou a agenda mais livre para organizar o lançamento da marca própria de roupas, a Brazil Nation, inspirada na vivência acumulada na carreira e no objetivo de incentivar as pessoas a praticarem mais esportes. A ideia não era nova, mas foi colocada em prática nesse período.
“Tenho usado o tempo para conversar com parceiros comerciais para estruturar minha marca e planejar bem o que pretendo fazer”, disse a atleta ao Estadão. Fabiana disputou os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016 e, na sua prova, ela é a atual recordista do País, além de ter sido dez vezes campeã brasileira. Ela ainda conseguiu ser campeã sulamericana em três oportunidades.
Por ser formada em marketing, Fabiana tirou as lições aprendidas na faculdade para elaborar um amplo programa para a sua marca. O intuito é que o empreendimento produza roupas fitness, mas também consiga, com a marca, provocar impacto em causas sociais e incentivar os próprios atletas. Uma peça pode ter estampada, por exemplo, a marca de um recorde obtida por um esportista em uma determinada prova.
O objetivo de Fabiana é criar junto com o empreendimento uma espécie de plano de fidelidade e até mesmo fazer com que o público possa comparecer a competições de atletismo vestidos com peças da marca. “Quando se tem competições de atletismo aqui no Brasil, as pessoas vão torcer pela gente com camisas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ideal é que se consiga ter uma roupa capaz de ser identificada como a roupa das pessoas que acompanham o atletismo”, explicou a atleta.
Fabiana aposta que os atletas também serão beneficiados com o projeto. “Os atletas têm participado de nossas pesquisas para que eu possa oferecer os melhores produtos e serviços”, disse. “Eu quero ter um modelo de negócios onde os atletas sejam os propulsores da marca e assim façam o engajamento, juntamente com suas carreiras, tanto esportivas quanto empresariais”, disse.