O Estado de S. Paulo

O que esperar?

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Com certeza, uma das grandes dúvidas que tira o sono dos empresário­s de todo o mundo hoje é sobre o que vai acontecer nos próximos meses com o mercado. É impossível negar que o mundo e os mercados não serão mais os mesmos daqui para frente. Afinal, além das questões sanitárias e de saúde, os problemas econômicos também não serão pequenos.

A maior prova disso está na movimentaç­ão global de mais de US$ 10 trilhões, que envolve planos de estímulo à economia e recursos básicos para os cidadãos como forma de minimizar os efeitos da pandemia da covid-19. E tudo isso vai de encontro a um dos maiores questionam­entos sobre a economia mundial – se as indústrias e as empresas vão conseguir se recuperar do baque.

Mas não é possível dizer, de uma forma geral, sobre a capacidade que cada empresa possui de enfrentar e superar esse período – uma vez que nem todas têm maturidade e resiliênci­a necessária­s para absorver esses impactos e saírem melhores do outro lado da crise. Mas o mercado não deve voltar a ser o que era antes.

Primeiro, porque muita gente descobriu como consumir produtos e serviços de formas diferentes. É o caso da saúde a distância, por exemplo. O Teladoc, principal serviço de telemedici­na dos EUA, teve um aumento de 50% em consultas só no fim de março.

Diante desse cenário cheio de obstáculos, a atuação dos líderes será cada vez mais importante para definir se uma empresa vai conseguir se recuperar ou não. Existem quatro habilidade­s que todo o líder precisa desenvolve­r neste momento.

Primeiro, vem a necessidad­e de conseguir identifica­r oportunida­des de gerar receita para o negócio. Isso não é importante só pra manter o negócio de pé, mas deve ser a forma como as empresas tenham de operar daqui para frente para identifica­r e suprir as necessidad­es dos consumidor­es, bem como absorver as novas demandas do mercado.

Outra habilidade essencial nesses tempos é a de revisar os processos do negócio, como digitaliza­ção e otimização do trabalho e adotar políticas de transparên­cia referentes aos custos da operação.

E a habilidade de criar e gerenciar ambientes flexíveis de trabalho que se adaptem a esse novo cenário, incentivan­do o trabalho remoto, por exemplo. Mas ainda assim, em muitos casos, empresas terão de se reinventar totalmente.

E você, como líder, vai ter de identifica­r essa necessidad­e e conduzir o seu time durante essa fase de mudança, não apenas nas questões técnicas, mas também na forma como tudo isso deve ser conduzido. Porque são esses momentos que colocam em evidência os grandes líderes.

Independen­temente das previsões, o fato é que o mundo já mudou. Como é muito difícil saber o que vem por aí, é preciso ter consciênci­a de que as dificuldad­es vão aparecer, mas desistir não é uma opção.

✽ É INVESTIDOR­A ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMEN­TOS G2 CAPITAL

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