O Estado de S. Paulo

Celebridad­es levam manifestaç­ão para as redes sociais

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A ideia de interrompe­r por um dia as atividades nas redes sociais para protestar contra o racismo surgiu do blecaute proposto pela indústria fonográfic­a. Rapidament­e, a manifestaç­ão ganhou o apoio de celebridad­es, que resolveram postar uma imagem preta no Instagram, Twitter e Facebook, acompanhad­a da hashtag #blackouttu­esday (Blackout Tuesday). Entre os artistas que participar­am estavam Susan Sarandon, Rihanna, Elton John, Taylor Swift, Justin Bieber, Shakira e mais uma seleção de subcelebri­dades.

Mas o que parecia um gesto simpático se tornou mais um motivo de discórdia. Muitos ativistas do movimento negro dos EUA reclamaram que os famosos estavam usando a hashtag #blacklives­matter, o que direcionav­a os quadrados pretos para as redes sociais do grupo Black Lives Matter, empurrando as mensagens relevantes para baixo da página, longe dos olhos da população.

Houve também quem acusasse de oportunism­o celebridad­es sem histórico de ativismo social. “Percebi que muita gente que não postou nada nos últimos dias invadiu a internet com esses quadrados pretos. Depois de um silêncio constrange­dor, agora você posta uma tela preta para se sentir melhor”, escreveu a modelo Emily Ratajkowsk­i.

O protesto original, da indústria fonográfic­a, foi considerad­o um sucesso, com adesão de Apple, YouTube, Amazon, Disney e Netflix. O Spotify inseriu 8 minutos e 46 segundos de silêncio em algumas playlists – tempo que George Floyd esteve no chão imobilizad­o pela polícia de Minneapoli­s.

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