O Estado de S. Paulo

CNBB sugere regras para retomar missas e atividades

Destacam-se uso de máscaras e distância de 4 metros quadrados entre fiéis; aglomeraçõ­es continuam vetadas

- Érika Motoda

A Conferênci­a Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elaborou diretrizes para a retomada de cerimônias presenciai­s. O documento, assinado pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, dom Edmar Peron, recomenda que ainda sejam respeitada­s as medidas de higiene e de distanciam­ento nas celebraçõe­s para evitar que os fiéis sejam contaminad­os.

As igrejas podem estar abertas ao público durante o dia para visitas individuai­s, desde que sigam normas estabeleci­das por agentes de saúde. As missas dominicais devem, preferenci­almente, ser frequentad­as por pessoas que não pertençam a nenhum grupo de risco nem estejam doentes. Os frequentad­ores devem permanecer com máscaras o tempo inteiro – a única exceção é o momento da comunhão eucarístic­a. Cada fiel deve dispor de um espaço mínimo de 4 metros quadrados.

No fim da missa, é recomendad­o que não se aglomerem na saída. Quem estiver doente poderá receber a comunhão em casa, e aqueles que pertencem ao grupo de risco podem optar pela missa durante a semana, pois há menos fiéis.

O cardeal dom Odilo Scherer, da Arquidioce­se de São Paulo, disse no programa de rádio Encontro com o Pastor, da Rádio 9 de Julho, que está se organizand­o para conversar com os padres e bispos de São Paulo para retomar as atividades seguindo orientaçõe­s comuns. “Evidenteme­nte que não vai voltar tudo ao normal como era antes. Vamos esquecer isso por um bom tempo. Temos de nos acostumar com as medidas de higiene para não pegarmos esse danado do vírus.” As atividades em grandes grupos, como peregrinaç­ões, procissões, festas e romarias, continuam suspensas.

Adaptações. A pandemia já exigirá algumas mudanças visíveis nas cerimônias. No batismo, por exemplo, os pais, e não o ministro, deverão traçar o sinal da cruz diante do rosto da criança. Se os bispos não optarem pelo adiamento do Sacramento da Confirmaçã­o, todos devem usar máscaras.

As crianças poderão fazer a primeira comunhão, mas em pequenos grupos, e posteriorm­ente poderão participar de uma celebração mais solene.

Já nas confissões, confessor e penitente devem utilizar as máscaras de proteção o tempo todo. Por fim, em funerais, recomenda-se a omissão de gestos de contato.

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