O Estado de S. Paulo

Estandes de vendas voltam a funcionar na retomada gradual da economia

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A indústria imobiliári­a saiu na frente, adotando medidas para evitar a covid-19

De março deste ano para cá, o Secovi-SP teve de reinventar a forma de orientar as atividades imobiliári­as, defender os legítimos interesses do setor e trabalhar na prestação de serviços aos seus representa­dos.

“A pandemia nos obrigou a fechar a sede da entidade e de suas regionais no interior e na baixada santista. Foi uma ruptura nos usuais modelos de operação, marcados por reuniões, eventos e diversas outras iniciativa­s que sempre caracteriz­aram o Secovi-SP como uma instituiçã­o viva e intensa. Mas como parar de apoiar o mercado no pior momento que já enfrentamo­s na história recente? A saída foi lançar mão da tecnologia, levando para dentro da casa de cada um o máximo possível de orientaçõe­s”, afirma o presidente Basilio Jafet.

Nos últimos três meses, foram realizadas 203 reuniões por videoconfe­rência e o Secovi-SP já promoveu 43 lives sobre assuntos gerais e setoriais. Cada uma delas foi como um evento digital, com a presença de diretores e palestrant­es convidados em debates pautados por grande interativi­dade com o público, por meio de chats. “Produzimos e continuamo­s produzindo um conteúdo riquíssimo, que pode ser consultado em nosso canal no YouTube. A programaçã­o, atualizada diariament­e, está em nosso portal na internet”, informa Jafet.

A interrupçã­o do atendiment­o presencial (a entidade segue à risca as regras de isolamento social) não impediu a prestação de serviços como atendiment­o jurídico, cursos da UniSecovi e emissão de certificad­o digital. “Estamos fazendo negócios on-line. A certificaç­ão digital é fundamenta­l nesses tempos em que escrituras são virtualmen­te assinadas. E essa tendência é irreversív­el, razão pela qual as certificaç­ões são feitas no seu ‘habitat’, ou seja, digitalmen­te, por videoconfe­rência”, adiciona o presidente.

Outro aspecto importante foi a manutenção do funcioname­nto dos canteiros de obras e seus respectivo­s empregos. “A indústria imobiliári­a e da construção saiu na frente, adotando todas as medidas protetivas possíveis para evitar a covid-19. Deu tão certo que, além dos casos terem sido poucos em relação ao volume de operários, cada trabalhado­r é um agente multiplica­dor dos cuidados com a higiene junto a familiares e amigos. Além disso, os protocolos que adotamos também serviram de exemplo a outros segmentos.”

Como a produção de imóveis não parou, era preciso resolver a ponta de escoamento, ou seja, a comerciali­zação. Fechados desde o início da quarentena, os plantões de venda deixaram de atender a um público que compra um bem de alto valor, precisa visitar a unidade decorada, olhar no olho, sentir antes de decidir.

Após muito diálogo com o governo nas esferas estadual e municipal, e da demonstraç­ão inequívoca de que o setor, assim como faz nos canteiros de obras, não teria qualquer problema em adotar diretrizes também nos estandes, cuja abertura somente estará autorizada quando o protocolo enviado pelo Secovi-SP à prefeitura, em 1º/6, for validado pela Vigilância Sanitária. A entidade está acompanhan­do atentament­e e informará por meio de redes sociais, portal da entidade e comunicado­s oficiais o andamento, as condições e as datas permitidas para reabertura.

“A reabertura dos estandes é mais que bem-vinda. Ademais, empreended­ores, corretores e clientes estão devidament­e esclarecid­os, o que evita dificuldad­es em cumprir as diretrizes sanitárias determinad­as para o segmento. Confiamos que a população tomará consciênci­a de que a integral retomada das atividades econômicas (e dos empregos) depende da sua atitude, do seu compromiss­o em manter o isolamento, jamais sair sem usar máscaras e, sempre que possível, ficar em casa. Tudo isso vai passar. Voltaremos aos nossos eventos e encontros, apertos de mãos. O quando também depende de todos nós”, conclui Jafet.

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