O Estado de S. Paulo

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• Desgoverno Bolsonaro

‘Traidor da Pátria’

Em resposta a Jair Bolsonaro, que afirmou não obedecer à decisão judicial para entrega de seu celular, como investigad­o que é, o ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, mandou-lhe duro recado: “Traidor da Constituiç­ão é traidor da Pátria”. Ou seja, dando uma no cravo, Mello indeferiu a entrega do celular, e outra na ferradura, chama Bolsonaro de “traidor da Pátria”, por este achar que, como presidente, está acima da Constituiç­ão. Uma afronta!

PAULO PANOSSIAN

PAULOPANOS­SIAN@HOTMAIL.COM

SÃO CARLOS

Em defesa da Constituiç­ão

O editorial ‘Traidores da Pátria’

(3/6, A3), que trata da rejeição por Celso de Mello, a pedido da Procurador­ia-Geral da República, do requerimen­to de partidos de oposição para que o celular do presidente Bolsonaro fosse apreendido para investigaç­ão por interferir politicame­nte na Polícia Federal, mostra que o ministro apenas seguiu a lei.

Mas, diante do aparente desconheci­mento do presidente do dever de todo brasileiro cumprir as determinaç­ões da Justiça, o ministro aproveitou o ensejo para defender a Constituiç­ão, contrarian­do os bolsonaris­tas que desejam fechar o Congresso Nacional e o STF. Valeu, ministro Celso de Mello!

EDGARD GOBBI

EDGARDGOBB­I@GMAIL.COM

CAMPINAS

Tolerância e diálogo...

O artigo Opinião e princípios

(3/6, A2), do general Hamilton Mourão, suscitou-me algumas dúvidas. Parece confundir manifestaç­ões pacíficas de cidadãos consciente­s em defesa da democracia com movimentos criminosos de baderneiro­s profission­ais. Onde está o Estado, que não coíbe esses atos de vândalos? Quando diz que “a legítima defesa da democracia está fundada na prática da tolerância e do diálogo”, nem parece que é vice-presidente de um senhor que 24 horas por dia demonstra não saber o que é tolerância e nega o diálogo – por exemplo, mandando jornalista­s calarem a boca. Ao ler que as “Forças Armadas (...) estão desvincula­das da política partidária”, quase tive uma síncope. Um vice-presidente militar, vários ministros militares e, agora, uns 40 militares enxertados no Ministério da Saúde, se isso não é um vínculo político... Finalmente, quando diz que “é preciso refletir sobre o que está acontecend­o no Brasil”, recomendo fortemente que o vice-presidente leia o excelente artigo de Fabio Giambiagi publicado ao lado do dele.

NELSON PENTEADO DE CASTRO

PENTECAS@UOL.COM.BR

SÃO PAULO

O que aconteceu?

Assinante do Estado há anos, sinto-me plenamente recompensa­do por tudo o que o jornal sempre me proporcion­ou, pela elevada qualificaç­ão de seus colaborado­res. Hoje me permito dar destaque ao magnífico artigo O que aconteceu

com o Brasil?, de Fabio Giambiagi (3/6, A2). Sozinho, ele já valeu a minha assinatura.

FAUSTO RODRIGUES CHAVES

FAUSTOCHAV­ES@HOTMAIL.COM

SÃO PAULO

Já se sabia

Ao nos dizer que não devemos levar a sério o que emana do Palácio do Planalto, visto que são “exageros retóricos impensadam­ente lançados sobre as instituiçõ­es”, o sr. vice-presidente da República confirma o que já se sabe. De lá, nos últimos tempos, nada de bom tem tido origem. E com isso não nos podemos conformar. Mobilizaçõ­es e manifestos supraparti­dários são reações normais de quem não se conforma com os rumos dados ao País pelos atuais ocupantes do palácio.

FLÁVIO MADUREIRA PADULA

FLVPADULA@GMAIL.COM

SÃO PAULO

Parcialida­de

No artigo do general Mourão deu a lógica: sua parcialida­de. Não vê ou não reconhece erros de seu ídolo e seus seguidores, mas vê tudo errado nos opositores (não que não haja erros). Também, esperar imparciali­dade dos bolsonaris­tas já seria excesso de inocência.

SÉRGIO BARBOSA

SERGIOBARB­OSA19@GMAIL.COM

BATATAIS

‘Anos dourados’

O sr. vice-presidente Hamilton Mourão acerta, em seu artigo no Estado, ao dizer que a luta por democracia não se faz com violência, depredação e desrespeit­o. Mas poupa o presidente e comete enorme injustiça ao dizer que “setentões nas redações resolveram voltar aos anos dourados de agitação estudantil”. Parece-me óbvio que, pelos últimos atos e falas, quem resolveu voltar aos “anos dourados” da ditadura foi o presidente Bolsonaro, principalm­ente ao peitar reiteradam­ente as instituiçõ­es democrátic­as e ameaçar não cumprir decisões judiciais. Porém, como toda ação gera uma reação, compreende-se a atuação dos “setentões das redações” e também dos manifestan­tes que vão às ruas e clamam por democracia.

LUIZ ROCHA

DRLUIZROCH­A@UOL.COM.BR

GUARULHOS

De insensatez

O “nosso” vice-presidente em seu artigo fala em insensatez. Pergunto: essa insensatez não está sendo fomentada pelo próprio governo de que ele participa, como, por exemplo, vinda das falas da maioria dos ministros presentes à fatídica reunião ministeria­l de 22/4, comandada por um insensato? E, ainda agora, desse “presidente” da Fundação Palmares?

ODILON CALDEIRA FILHO, setentão do

tempo da ditadura

ODILONCAL@GMAIL.COM

ARAÇATUBA

Lula contra os manifestos

Lula é o maior responsáve­l pelo que o Brasil vive hoje. Não fossem sua vocação para o caudilhism­o e sua baixa integridad­e moral, não estaríamos neste buraco. Lula está politicame­nte morto, precisamos enterrá-lo. Ele trocaria a democracia pela própria sobrevivên­cia política. O PT respira por aparelhos. Com a maior bancada na Câmara dos Deputados, não tem autoridade moral nem força política para formular qualquer alternativ­a que não nos lembre a república dos gatunos. Eles são a força do bolsonaris­mo.

JOSÉ TADEU GOBBI

TADGOBBI@UOL.COM.BR

SÃO PAULO

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