Secretário da Defesa rejeita uso das Forças Armadas
Contrariando o presidente Donald Trump, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse ontem que se opõe à mobilização de militares para conter os protestos contra o racismo sistêmico e a violência policial nos EUA. “A opção de usar forças militares ativas para aplicar a lei deve ser usada apenas como uma última alternativa, e apenas nas piores e mais urgentes situações. Nós não estamos agora neste cenário. Não apoio o uso da Lei da Insurreição”, disse Esper, em uma entrevista coletiva no Pentágono. “Sempre acreditei e continuo acreditando que a Guarda Nacional é mais adequada para prestar apoio interno às autoridades civis nestas situações.” O secretário de Defesa refere-se à Lei da Insurreição de 1807, que permite ao presidente usar forças militares no território nacional para fazer cumprir a lei, diante de tumultos e rebeliões. A medida foi acionada pela última vez em 1992, durante os protestos após a absolvição dos quatro policiais que espancaram Rodney King, um homem negro. A possibilidade do uso da lei veio à tona na segunda-feira, quando Trump anunciou que usaria os militares para conter as manifestações.