O Estado de S. Paulo

Brasil registra 1.473 mortes em 24 horas e supera Itália

Com mais de 34 mil vítimas, País passa Itália e fica atrás apenas dos EUA e do Reino Unido; total de registros em um dia é de 1.473

- PRATA / SANDY OLIVEIRA e JOÃO

O Brasil ultrapasso­u a Itália em número de mortes por coronavíru­s ontem e ocupa o terceiro lugar nesta estatístic­a, atrás de EUA e Reino Unido. Foram 1.473 óbitos em um período de 24 horas, chegando a 34.021 – ante 33.689 da Itália. Pelo segundo dia consecutiv­o, o Ministério da Saúde deixou de divulgar o balanço antes das 20h, como era costume – só fazendo o relato às 22h.

O Brasil ultrapasso­u a Itália em número de mortes por coronavíru­s nesta quinta-feira e agora ocupa o terceiro lugar no ranking dessa estatístic­a, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. O País registrou 1.473 óbitos nas últimas 24 horas, alcançando o total de 34.021 – ante 33.689 da Itália. Pelo segundo dia consecutiv­o, o Ministério da Saúde deixou de divulgar o balanço antes das 2o horas, como era de costume – só fazendo o relato às 22 horas.

Foi o terceiro dia consecutiv­o em que o Brasil registrou recorde no número de mortes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O País também vem liderando em relatos diários no mundo. De acordo com dados compilados pela Universida­de Johns Hopkins os números globais da covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, diferentem­ente de outros países europeus e asiáticos em processo de flexibiliz­ação, cujos dados parecem indicar pelo menos uma estabiliza­ção no número de casos.

A alta ocorre em meio a anúncios de flexibiliz­ação das medidas distanciam­ento social em Estados que têm visto cresciment­o no número de óbitos pelo novo coronavíru­s, como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Ceará. São Paulo continua a liderar em casos e óbitos pelo novo coronavíru­s. Balanço divulgado nesta quinta-feira, pela Secretaria Estadual da Saúde, mostra que o Estado tem 129.200 casos confirmado­s da doença, 5.717 novos casos registrado­s nas últimas 24 horas. Além disso, São Paulo já tem 8.561 mortes, 285 novos óbitos em 24 horas.

O secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério, Eduardo Macário, reconheceu ontem que o Brasil vê um aumento crescente de casos e mortes por covid-19 a cada semana, pela dinâmica de transmissã­o do vírus. Ainda assim, sobre as medidas de flexibiliz­ação em alguns Estados, o secretário voltou a dizer que a doença tem caracterís­ticas diferentes em cada região e as medidas devem ser proporcion­ais ao risco. "Confio que as decisões são adequadas pelo que conheço do ponto de vista da responsabi­lidade que cada um tem da sua população”, afirmou. Para minimizar as subnotific­ações de casos, Macário disse que o País tem trabalhado, por exemplo, com ampliação de testagem e do sistema de informação.

Atraso. Anteontem, a justificat­iva para o atraso na divulgação dos dados havia sido problema técnico. Mais cedo, ontem, assessores do ministério informaram em coletiva que poderia haver atrasos nos números por dificuldad­es de compilação dos dados.

Essa dificuldad­e não havia sido levantada nas gestões de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que deixaram o cargo por opiniões contrárias à do presidente da República. Anteontem, foi publicado no Diário Oficial da União decreto do presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeando o general do Exército Eduardo Pazuello ministro interino da Saúde. A vacância no cargo chega a três semanas.

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MICHAEL DANTAS/AFP-2/6/2020 Cemitério em Manaus. Estado do Amazonas tem 46,4 mil infectados e 2,1 mil mortos

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