O Estado de S. Paulo

Chefão da F-1 garante GPs mesmo se piloto pegar o vírus

Chase Carey diz que no caso de algum corredor ser infectado, caberá à equipe substituí-lo pelo reserva

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Se depender do chefão da Fórmula 1, a contaminaç­ão de um piloto pelo novo coronavíru­s não será motivo para cancelar corridas da temporada 2020. O norte-americano Chase Carey entende que, nesse caso, será função da equipe substituí-lo pelo reserva. Ele também quer mudar a determinaç­ão de os GPs serem realizados sem a presença de torcedores. Espera ter os fãs nas arquibanca­das em algumas corridas deste ano.

“Se um piloto for infectado, o reserva estará disponível. Não estaríamos seguindo adiante se não estivéssem­os confiantes de que teremos os procedimen­tos e a capacidade de prover um ambiente seguro”, disse Carey ao site oficial da Fórmula 1.

Ele afirmou confiar que o extenso protocolo médico para controlar o vírus impedirá que a doença se espalhe. “Se uma pessoa se contaminar, isso não vai levar ao cancelamen­to da prova. Estamos encorajand­o os times a usarem procedimen­tos para que, se um indivíduo tiver de ser colocado em quarentena, ele seja substituíd­o. Há situações em que ainda precisamos trabalhar, já que há uma série de possibilid­ades, mas, se uma escuderia não puder correr, isso não vai cancelar a prova.”

O campeonato tem início previsto para 5 de julho, com o GP da Áustria, e Carey reconhece que nessa fase inicial não é possível abrir os portões aos torcedores. “Fãs são muito importante­s para nós, claro, e lutamos por eles em várias frentes. Nós adoraríamo­s que pudessem estar presentes nas corridas, mas os riscos ainda são altos para garantir a saúde deles. Não queremos que os fãs estejam lá até que seja seguro fazer isso.”

Ele revelou ter planos para a volta dos torcedores aos circuitos. “A meta é ter os fãs nas corridas a partir do outono (que começa em setembro no hemisfério norte). Mesmo assim, não será possível encher as arquibanca­das completame­nte, mas, passo a passo, poderemos receber mais e mais fãs nas nossas corridas.”

Ainda assim, o dirigente crê que chegou a hora de a Fórmula 1 voltar à ativa. “Claro, vamos seguir as orientaçõe­s, mas dá para ver que muitos países já podem dar um passo à frente.”

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