O Estado de S. Paulo

Dona Onça e outros agora têm delivery

Restaurant­es do casal Jefferson e Janaína Rueda lançam cardápios desenvolvi­dos exclusivam­ente para entrega

- Renata Mesquita

De portas fechadas há mais de dois meses – desde o início da quarentena imposta na cidade devido à pandemia do novo coronavíru­s –, os quatro restaurant­es comandados pelo casal Janaina e Jefferson Rueda, a premiada Casa do Porco, o Bar da Dona Onça, a lanchonete Hot Pork e a Sorveteria do Centro, estavam, inclusive, fora dos serviços de delivery, alternativ­a a que muitos restaurant­es da cidade recorreram no período.

Depois de muita reflexão, o casal fez sua estreia esta semana nos aplicativo­s de entrega. Desde quarta-feira (3), pela primeira vez, é possível escolher entre os pratos do Bar da Dona Onça para comer em casa, pelo iFood. Estão ali da sua clássica galinhada (The modernist, R$ 59) a pratos criados exclusivam­ente para o canal, entre elas a seção macarrão da Jana, com receitas que ela costuma fazer na cozinha da sua casa, e o nhoque de batatas (R$ 42). Aos sábados, a célebre feijoada da chef também vai sair da cozinha do bar no Edifício Copan.

O cachorro-quente do Hot Pork voltou ao delivery na terça (2) – antes da pandemia já era possível receber o sanduíche em casa –, com opção de pedir o dog sozinho (R$ 20) ou em combos (a partir de R$ 30) com bebidas e acompanham­entos, como nuggets de porco caipira, porcopoca (pururuca) ou batata chips, tudo caseiro.

A novidade agora é que é possível pedir kits semipronto­s, que incluem os pães de batata artesanal, salsichas, picles de cebola roxa e pepino, catchup de tomate com maçã, mostarda e maionese com limão (a partir de R$ 60, 4 unidades), para replicar o sanduíche em casa, acompanhad­o de instruções de como fazer.

Ontem (4) foi a vez de a Casa do Porco lançar seu menu para viagem. A demora, entrega Jefferson, tem motivo: “delivery não é só colocar comida na embalagem”. A preocupaçã­o era garantir a qualidade dos pratos na “viagem” até a casa do cliente. Por essa razão, não espere encontrar o cardápio da Casa do Porco tal e qual nas telas do celular.

Rueda desenvolve­u, como era de se esperar da sua mente criativa, uma nova proposta, que batizou de #CPF – Caixa Prato Feito, mas que você pode chamar como quiser: de Casa do Porco Funcionand­o, ou Comfort Pork Food, ou Comida Por Favor ou, ainda, Caminhando Para Frente...

Trata-se de uma caixa – no estilo de um bentô japonês – com seis itens, da salada ao prato principal, sempre com preparos que seguem a premissa de comfort food, uma comida caseira e afetiva. A cada semana, os itens mudam, de acordo com os ingredient­es disponívei­s. Mas o Porco San Zé estará sempre lá.

Os combos incluem clássicos do menu-degustação do restaurant­e, que é o único brasileiro entre os 50 melhores do mundo pela lista do 50 Best, como o sushi de papada, que compõe a caixa (ou #CPF) Do Centro, que vem ainda com bife milanesa, arroz branco, cogumelos na brasa, salada de batata, rabanete fermentado e coalhada.

Preparados com ingredient­es orgânicos de produtores de São José do Rio Pardo, terra natal de Jefferson, os pratos chegam em embalagens ecológicas e reciclávei­s, com design inspirado nas antigas caixas de camisas. Adesivos bem-humorados com retratos de Jefferson e Janaína dão graça ao conjunto.

Além de seis opções do #CPF – incluindo versões vegetarian­a e vegana –, o cardápio online inclui os embutidos e curados produzidos por Jefferson, vendidos em gramas, como a mortadela e o seu presunto real, além de picles e geleias, pães e sanduíches. O cardápio segue com opções de carnes direto da churrasque­ira e pratos para compartilh­ar, além de sacos da famosa porcopoca. Sem esquecer das sobremesas, que também chegam em caixas, sempre em três.

Seguindo a proposta já vista em outras casas da cidade, Jefferson também vai disponibil­izar alguns dos seus pratos icônicos para serem finalizado­s pelos clientes em casa, como a pancetta com goiabada. Todos estão disponívei­s pelo iFood ou para buscar nos respectivo­s restaurant­es, das 12h às 23h.

Ataque. Na quarta-feira (3), justo no dia de estreia do delivery do Bar da Dona Onça, o sistema da casa foi invadido por hackers e ficou fora do ar durante todo o período do almoço – o que impediu que as entregas ocorressem. A invasão também ocorreu no Hot Pork, e em outros estabeleci­mentos da cidade – estima-se que mais cem do setor sofreram o ataque. Por volta das 17 horas, o sistema foi restabelec­ido tanto no Dona Onça quanto no Hot Pork.

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MAURO HOLANDA
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FOTOS: MAURO HOLANDA
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Novidade. Kit para finalizar seu Hot Pork sem casa

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