INOVAR PARA SOBREVIVER
Chefs ao redor do mundo todo estão tentando entender e se adaptar ao chamado “novo normal”. No mês passado, o restaurante dinamarquês Noma, eleito algumas vezes o melhor do mundo, reabriu para o público depois de três meses de portas fechadas, mas de uma forma completamente inesperada: trocou seu menu-degustação por algo bem diferente. Em vez de seu menu sazonal de 350 euros (cerca de R$ 2 mil), o chef René Redzepi apostou em usar seu espaço e equipe premiada para servir a comunidade local como um bar de vinhos com hambúrgueres.
Por aqui os restaurantes permanecem de portas fechadas, e os chefs continuam na busca da melhor forma de chegar aos clientes e, claro, sobreviver. Na semana passada, o Mensa, restaurante contemporâneo comandado pelo chef Rafael Navarini,
lançou seu delivery também com conceito um pouco diferente da casa-mãe. O Mensa em Casa (disponível no iFood) foca em comidas descomplicadas, com opções de sanduíches e massas, pratos que normalmente não apareceriam no menu do restaurante.
Saída parecida foi tomada pelo Pipo, casa do chef-celebridade Felipe Bronze em São Paulo. O restaurante, que já estava nos aplicativos de entrega com seu menu tradicional, criou uma nova marca, o MarmiPipo (no Rappi), com pratos mais acessíveis, para o dia a dia, mas que seguem a filosofia da casa. As marmitas mudam diariamente, com pedidas como o estrogonofe com cogumelos defumados, arroz e batata palha.
Outros seguiram o mesmo caminho, como o Ristorantino, que lançou há pouco o Riso Street Food, linha mais acessível do restaurante italiano. A marca oferece sanduíches, saladas e massas mais simples, em que é possível escolher o tipo de massa e o molho (a partir de R$ 29 no iFood).