O Estado de S. Paulo

Reciclagem infinita amplia sobrevida do alumínio

-

O ano era 1970. Dois engenheiro­s da Nestlé tomavam um café espresso em Milão. O barista fez seis doses até chegar ao que ele considerou ser o café ideal. Ou seja, cinco foram para o lixo. A dupla logo viu que fazer espresso daquela forma gerava desperdíci­o. Eles voltaram para a Suíça, e, após muito desenvolvi­mento tecnológic­o, surgiria em 1986 a Nespresso.

A história, contada por Claudia Leite, responsáve­l pelas áreas de Criação de Valor Compartilh­ado e de Comunicaçã­o Corporativ­a da Nespresso Brasil, revela que a questão ambiental está atrelada à marca desde o início. “A ideia era, com o apertar de um botão, fazer um café espresso de qualidade e sem desperdíci­o”, diz Claudia. Para reforçar a ênfase ambiental, o alumínio foi escolhido como matéria-prima ideal para as embalagens. Tanto por conservar bem o café quanto por ser reciclável.

“No Brasil, hoje, temos 157 pontos de coleta para os clientes residencia­is e profission­ais, como hotéis, shoppings e restaurant­es. A coleta é voluntária. As cápsulas coletadas são levadas para a nossa central de triagem em Osasco. O pó do café é separado do alumínio, e tudo é reciclado. O pó vira adubo orgânico. O alumínio processado volta para a cadeia de produção”, diz Claudia.

A partir de maio, uma das linhas de café da empresa passou a ter cápsulas com 80% de alumínio reciclado, taxa que vai chegar a toda a linha original até o fim de 2021. Segundo Claudia, o cresciment­o da reciclagem das cápsulas tem sido expressivo. “Partimos de 8% em 2016 para 23% em 2019, com um cresciment­o de 5 pontos percentuai­s por ano.” Em tempos de pandemia, o processo continua, mas uma boa dica para facilitar o trabalho das pessoas da área é separar o pó da cápsula antes de colocar tudo no lixo reciclável.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil