OMS passa a recomendar máscara cirúrgica para idosos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem novas diretrizes sobre o uso de máscaras de proteção contra o coronavírus. Entre as recomendações está o uso de máscaras cirúrgicas – e não as de tecido – por idosos, doentes crônicos e pessoas com sintomas da covid-19. Já em relação às máscaras de tecido, que podem ser feitas em casa ou compradas em lojas, a entidade aconselha que o produto tenha pelo menos três camadas de tecidos diferentes para ser eficaz.
A camada externa deve ser de um tecido impermeável, como o poliéster; a parte de dentro precisa ter um tecido que absorva a água; já a camada intermediária deve conter um material que atue como um filtro. Segundo a OMS, as máscaras de tecido são recomendadas para o público em geral, em lugares onde há muitos infectados pela covid-19 e o distanciamento físico de ao menos 1 metro não pode ser atingido – como em transportes públicos, por exemplo.
“Chegamos ao consenso de que, quando as pessoas estão em um ambiente público, o uso dessas máscaras oferece um certo grau de controle. Pode impedir que um infectado transmita a doença para outras pessoas”, disse April Baller, especialista do programa de emergências da OMS. Já a orientação para o uso de máscaras cirúrgicas é para quem está incluso em um destes cinco grupos: profissionais de saúde; cuidadores de infectados pela covid-19; pessoas com 60 anos ou mais; doentes crônicos; e pessoas com sintomas da covid-19. As novas diretrizes foram baseadas em informações recentes, de uma pesquisa encomendada pela própria OMS
A organização ressaltou, porém, que o uso de máscara é uma medida paliativa, e deve ser adotada em conjunto com os métodos de prevenção. “Máscaras podem criar falsa sensação de segurança, levando pessoas a negligenciarem medidas como higienização das mãos e distanciamento físico. Máscaras, sozinhas, não protegem ninguém da covid-19”, esclareceu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.