GP do Brasil não corre risco, diz organização
Fórmula 1. A organização do GP do Brasil de F-1 afirmou ontem ao Estadão que não considera existir perigo de a prova não ser realizada neste ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Apesar de o risco de contágio ter afetado várias etapas do calendário, os promotores da corrida a ser disputada em Interlagos dizem que, se a categoria decidir cancelar o evento, terá de pagar multa.
Nesta semana, a revista alemã Auto Motor Und Sport publicou que o GP do Brasil poderia ficar fora do calendário, assim como o do México. Originalmente, as duas provas estavam previstas para novembro. Porém, muita coisa mudou em função da pandemia e até agora a F-1 confirma a realização de apenas oito corridas, a partir de julho, todas na Europa. O plano é encerrar 2020 entre 15 e 18 GPs dos 22 previstos, com o término em dezembro em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Ainda segundo a publicação alemã, no lugar das provas no Brasil e no México, a Fórmula 1 pensa em preencher o calendário com etapas em Indianápolis (Estados Unidos), Hockenheim (Alemanha) e mais dois compromissos na Itália: Mugello e Ímola. Essas corridas fariam parte da agenda da categoria a partir de setembro, mas oficialmente ainda não houve confirmação de quais serão os destinos escolhidos no calendário.
Em comunicado, a organização do GP do Brasil afirma que a prova em Interlagos deve ser mantida no mês original. “No caso do Brasil e do México, pelas projeções, nada impedirá a realização de um evento internacional em novembro, decisão que é tomada pela autoridade sanitária local”, diz o texto.
Os promotores do GP afirmam que a Fórmula 1 não pode, por vontade própria, cancelar uma prova sem fazer contrapartidas. “O que não pode é, unilateralmente, cancelar uma prova contratada sem multas pesadas. Existe um contrato entre a organização do Grande Prêmio do Brasil de F-1 e a FOM (Formula One Management) e só um motivo de força maior poderia torná-lo sem efeito”, informa a nota. O valor da multa, contudo, não foi revelado.
Além de trabalhar para a realização da prova de 2020, a organização negocia com o comando da F-1 para renovar o contrato de realização do GP. O acordo atual termina neste ano e a expectativa é conseguir ampliálo por mais dez temporadas.