O Estado de S. Paulo

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• Desgoverno Bolsonaro

Reformas urgentes

Após a reforma da Previdênci­a, o presidente passou a pensar quase que exclusivam­ente em seu mandato e na continuida­de dele. Dirigiu os olhares em especial para sua família, mostrando que, para ele, ela é mais importante que o Brasil e os brasileiro­s. As demais reformas, a tributária e a política, vão ficando esquecidas e, pelo jeito, assim vão continuar. Em consequênc­ia, é de presumir que o desânimo tenha caído sobre a equipe econômica, tanto que Mansueto Almeida já se desligou, embora sob outras alegações. Outros virão e sairão, até chegar a vez do ministro Paulo Guedes. Então, o que fará Bolsonaro? Chamará mais um militar? Nem os militares do regime de 64 ousaram assumir a condução da economia no lugar de Delfim Netto, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen... E assim o Brasil marcha, impondo sofrimento ao povo, ao som da desafinada fanfarra bolsonaria­na!

JOSÉ CARLOS DE CARVALHO CARNEIRO

CARNEIROJC­C@UOL.COM.BR

RIO CLARO

Dia de São Nunca

O editorial Bolsonaro e o Dia de

São Nunca (17/6, A3) sacramenta o desinteres­se do presidente pelas reformas que prometeu no início de seu governo. Em entrevista à BandNews (15/6), ele alegou que o maior obstáculo ao envio da reforma administra­tiva é uma suposta campanha da imprensa contra seu governo, e por isso tem sido massacrado pela opinião pública. Pelo visto, Bolsonaro nem ao menos entende que é função da imprensa num regime democrátic­o informar os cidadãos sobre os muitas vezes complicado­s processos do governo.

EDGARD GOBBI

EDGARDGOBB­I@GMAIL.COM

CAMPINAS

Ataque à democracia

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na terça-feira que é inconcebív­el que ainda haja resíduo de autoritari­smo dentro do Estado brasileiro. O expresiden­te Fernando Henrique Cardoso ponderou que o Brasil vive um momento preocupant­e, com ataques ao STF. Uma rede de TV faz alarde o tempo todo pensando em golpe. Acho exagero. E concordo com o leitor sr. Aldo Bertolucci (Manifestaç­ões bolsonaris­tas, 17/6) quando afirma que Jair Bolsonaro não está com essa bola toda. Seus eleitores já se decepciona­ram com tanta insensatez. Conta com dez deputados federais (a Câmara tem 513) e um senador (o Senado tem 81), que já tiveram seu sigilo fiscal quebrado. É um número totalmente inexpressi­vo. A ridícula Sara Giromini está presa e conta apenas com meia dúzia de gatospinga­dos barulhento­s. O movimento ultrarradi­cal de direita “300 do Brasil” (que não passam de 30) já perdeu o acampament­o na Esplanada dos Ministério­s. E o ministro da Educação, Abraham Weintraub, está com os dias contados e já virou piada. Enganam-se os que pensam que os filhos do presidente contam com apoio popular. O povo sensato não sai às ruas por medo do coronavíru­s. Mas não apoiará nenhum golpe.

SÉRGIO BRUSCHINI

BRUSCHINI0­207@GMAIL.COM

SÃO PAULO

Vontade do povo

O presidente Bolsonaro, ao tentar parafrasea­r a fala do presidente John Kennedy, do EUA, “não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país”, disse uma frase totalmente absurda num de seus pronunciam­entos: “Ao invés de uma instituiçã­o pedir o que a população deve fazer, a instituiçã­o é que deve fazer o que a população pede”. A seguir ao pé da letra o que disse, o presidente deveria renunciar ao mandato, porque a maioria da população pede o seu impeachmen­t.

TOSHIO ICIZUCA

TOSHIOICIZ­UCA@TERRA.COM.BR

PIRACICABA

Pra rir ou pra chorar?

Bolsonaro: “O histórico do meu governo prova que sempre estivemos ao lado da democracia e da Constituiç­ão brasileira. Não houve, até agora, nenhuma medida que demonstre qualquer tipo de apreço nosso ao autoritari­smo, muito pelo contrário”.

FILIPPO PARDINI

FILIPPO@PARDINI.NET

SÃO SEBASTIÃO

Os generais em seu labirinto

O professor Christian Lynch, em entrevista no Estado de ontem (Bolsonaro intimida Poderes para impedir sua queda, afirma

Christian Lynch), analisa com clareza a armadilha que um “desprepara­do” está montando para a elite das nossas Forças Armadas. A ilusão de poderem controlar um descontrol­ado vai levá-las a servir de apoio às milícias armadas pelo ex-capitão que um dia planejou atos terrorista­s contra seu próprio quartel. Pretendem instrument­alizálo, mas, de fato, estão sendo instrument­alizadas por ele.

ALEXANDRE MARTINI NETO

AMARTINI90­6@GMAIL.COM

RIO CLARO

Militares e os radicais

Muito clara a análise do cientista político Christian Lynch no

Estado, mostrando como os interesses dos radicais ideológico­s ligados ao governo se diferencia­m dos militares. Na opinião expressa por Lynch, a opção que se apresenta para alcançar a estabilida­de política e institucio­nal é o vice-presidente Hamilton Mourão se apresentar ao Congresso, ao STF e aos generais como alternativ­a de poder mais confiável.

MARCELO FERREIRA KAWATOKO

MARCELO.KAWATOKO@OUTLOOK.COM

SÃO PAULO

Prioridade­s presidenci­ais

Os maiores problemas do Brasil são educação, saúde e segurança. Todos com seus ministério­s vagos ou improvisad­os. A esperança de ministério­s técnicos, infelizmen­te, evaporou-se com a política com p minúsculo. Lamentável!

FÁBIO DUARTE DE ARAUJO

FABIONYUBE­2830@GMAIL.COM

SÃO PAULO

• Urbanismo

Saneamento

Princípio básico da dignidade humana e da cidadania é a moradia digna. Entendo que favelas têm de ser erradicada­s, não urbanizada­s, com seus becos e barracos. Um amplo programa dos governos para construção de moradias traria ainda acentuada geração de empregos.

VICTOR HUGO I. DE MELLO CASTANHO

VICTORHCAS­TANHO@UOL.COM.BR

SÃO PAULO

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