Especialistas indicam diversificar carteira na hora de investir
Com a Selic em 2,25%, o investidor deve considerar seu perfil de risco e priorizar a diversificação de sua carteira, segundo especialistas ouvidos pelo E-investidor.
A economista da Toro Investimentos Paloma Brum diz que o investidor conservador não tem como sair da renda fixa. Mas diversificar a carteira entre as taxas de juros aumenta as chances de rentabilidade. Ela sugere que cerca de 60% dos recursos, neste perfil, devem ser aplicados em papéis atrelados à Selic ou ao CDI. “A taxa de juros não deve se manter tão baixa por muito tempo. Não que vá crescer de forma muito expressiva. Mas tende, a partir do ano que vem, a retomar uma trajetória de alta.”
Para diversificar, Paloma indica que 15% do capital restante seja investido em papéis ligados à inflação, como títulos de IPCA+, que podem pagar retorno positivo se tiverem vencimento entre um e três anos. Os 25% que sobram podem ser posicionados em títulos pré-fixados.
Pessoas de perfil moderado e arrojado podem se expor à renda variável em busca de rentabilidade maior. Contudo, é importante que esses perfis de investidores também mantenham um porcentual em renda fixa na carteira. O ideal, segundo especialistas, é manter 70% dos recursos na renda fixa, no caso de moderados, e 40% no caso dos arrojados.
Para pessoas com mais capital disponível, uma opção é investir uma parte do recurso em ações e outra parte em fundos de ações, como fundos multimercado.
As ações continuam sendo boa alternativa para perfis de risco mais elevado. O CEO da Planner Corretora, Alan Gandelman, afirma que um “espelho” para os investidores brasileiros é olhar o que aconteceu com ações de alguns setores que dispararam nos EUA. “Foi o caso dos papéis ligados ao setor de turismo, aviação e consumo, que são os que mais sofreram em todo este confinamento e fechamento (da economia)”, diz. “No Brasil, os shoppings e lojas estão abrindo. Com a reabertura desses comércios, mercados de trabalho e escritórios, a gente vai ter aumento de valor das ações que foram as grandes afetadas nessa queda toda.”