Plasma... ...direto na veia
Além do Instituto Estadual do Cérebro no Rio (que testou com sucesso a transfusão de plasma com anticorpos de covid-19 por meio de parceria com a Hemorio e a UFRJ, em pacientes semi-graves e graves), experiência igual foi feita em São Paulo pelos hospitais Sírio-libanês e Einstein.
Segundo o infectologista Luiz Vicente Rizzo, do Einstein, essa primeira fase testou a segurança do uso. “Todos pacientes, à beira de intubação, que tomaram o plasma quando indicado, nenhum precisou ser entubado”. Somam 70.
A partir da experiência, Esper Kallás, do Sírio e infectologista da USP, desenhou uma segunda fase em curso há três semanas, “incluindo o HC de São Paulo, o HC de Ribeirão Preto, Unicamp e outra dezena de hospitais”, enumera Rizzo.
Vão acompanhar grupos diferentes de pacientes para ter certeza de que esse número de 70 sobreviventes “não é uma aberração estatística, fruto de experiências no Einstein e Sírio, que são dois hospitais onde para morrer você precisa pedir permissão”, destaca o médico.
O carioca IEC, dirigido por Paulo Niemeyer, aplicou plasma em 113 pacientes que chegaram ainda respirando sem aparelhos, e todos se salvaram. “Ainda que esse número não tenha significância estatística, recomendamos o método”.
Um porém: usado durante a gripe espanhola, o processo do plasma é caro. Pegar o soro de alguém e injetar em outra pessoa inclui enorme rol de processos. “A primeira coisa é ter certeza de não causar dano ao paciente”.