Coronavírus – 100 mil mortos e contando
Éapavorante pensar que o Brasil está atingindo a marca de cem mil mortos pelo coronavírus. Mas mais apavorante aindaépens arque este número continua subindo eque, até a vacina chegar, com sorte nam etadedo anoque vem, temos tu dopara ultrapassara casados duzentos mil mortos.
Boa parte dos brasileiros jogou a pandemia na conta de fatalidades incontroláveis e adicionou o coronavírus ao rol integrado por dengue, chicu ng unha, febre amarela, sarampo, malária e outras epidemias que corroem asaúded apopulação ematam milhares de pessoas todo sosanos.
Adi ferençaé que o coronavírus m atamais demilpessoas por dia. Ouseja,ém ui tomais letal doque as grandes tragédias nacionais, como os homicídios, na casa dos cem mil mortos, e os acidentes de trânsito, próximos de quarenta mil mortos por ano.
Somos disparados os segundos colocados no placar internacional. Apenas o Estado de São Paulo tem mais mortos do que vários países europeus somados. Na nossa frente, entre as nações, apenas os Estados Unidos e ninguém nos ameaça de perto. Se o Brasil precisava de algo para prejudicar ainda mais sua imagem internacional, já comprometida pelo desmatamento da Amazônia, o coronavírus é um prato cheio. E este quadro não é pior porque, surpreendentemente, o SUS (Sistema Único de Saúde) mostrou que funciona bem. Basta lhe darem os recursos necessários e ele faz sua parte.
De outro lado, os planos de saúde privados estão tendo atuação impecável desde o início da pandemia. Para tristeza dos que ganham remando contra eles, os planos estão fazendo sua parte sem qualquer marola que denigra seu comprometimento com o atendimento à saúde de quarenta e sete milhões de brasileiros que dependem deles.
Mas se o SUS funciona e os planos de saúde privados estão fazendo sua parte, onde foi que a vaca foi pro brejo? O que deu errado elevou o Brasil ao trágico pat amardas cem mil mortes, ainda na metade do caminho?
As causas são conhecidas e não precisam ser repetidas, mesmo porque estão diariamente na imprensa, que não se cansa demostrar o desastre quef oi eéa atuação do governo federal como gestor da pandemia.
Tomamos emprestados os poderes milagrosos da cloroquina, sacamos da cartola um vermífugo e, ao contrário do mundo, não tomamos nenhuma providência mais séria para enfrentar, cientificamente, a pandemia que se espalhou por todo o território nacional. O resultado está aí: cem mil mortos e contando.
Masse a tragédia das morte sé insuportável e vergonhosa, o quadro geralda naçãoé dramático. O desemprego come solto, a miséria cobra seu preço jogando milhares de pessoas nas ruas, os pobres ficam mais pobres, aclasse média fi camais pobre, a economia encolhe e ogo verno federal saca uma reinvenção da CPMF como ferram entapara combate roque vai muito maleque eleva o rom bodas contas públicas a números inimagináveis seis meses atrás.
Este cenário de terra arrasada atinge a nação e cobra um preço absurdo da sociedade, que vê as chances de cura da pandemia e retomada da economia serem jogadas para o futuro, sabe Deus quando.
Nenhuma atividade econômica vai passar incólume pela tempestade e o setor de seguros nãoéaexceçãoà regra. Os planos de saúde já estão apontando aquedado número de segurados, decorrente do desemprego crescente entre os trabalhadores formais, que são seus grandes beneficiários, através dos contratos de trabalho.
A atividade econômica deve cair para patamares muito baixos e isto significa menos seguros para serem feitos, tanto pela diminuição dos negócios, como pelo empobrecimento da população.
É verdade que o out rolado damo edaéa quedada sinistralidade de carteiras como os seguros de veículos, ma sela não compensa a somada quedado faturamento coma redução da remuneração das aplicações financeiras.
Não se espera uma crise sistêmica no setor de seguros. As reservas são de mais de um trilhão de reais e a retomada das grandes obras joga alento no quadro. De qualquer forma, o futuro imediato será complicado para quem não prestar atenção.