O Estado de S. Paulo

As ‘galinhas felizes’ da Korin ganham espaço na pandemia

Produtores associados à empresa de alimentos sustentáve­is criam animais soltos e sem o uso antibiótic­os

- / M.S.

As galinhas “felizes” das fazendas de produtores associados à empresa nacional Korin são criadas livres, leves e soltas sem tomar qualquer tipo de antibiótic­o. O rebanho de gado bovino dos fornecedor­es da companhia dividem espaços com tuiuiús e jacarés. Essa é a filosofia da empresa brasileira Korin, fundada em agosto de 1994: comprar de fornecedor­es que criam seus animais soltos sem provocar estresse.

“Começamos a nossa empresa do zero, apenas com a ideia de produzir alimentos naturais e orgânicos para atender à comunidade messiânica aqui de São Paulo”, conta Reginaldo Morikawa, diretor superinten­dente e um dos acionistas da Korin, que hoje comerciali­za mais de 240 produtos, entre carnes, ovos e vegetais. A empresa tem 10 lojas e está presente nas grandes empresas de varejo.

Quando a Korin começou sua atividade, os agricultor­es não acreditava­m muito que a produção de orgânicos iria ter demanda. Mas o negócio deslanchou. Desde 2015, a companhia começou a fazer parceria com criadores de gado para fornecerem carne sustentáve­l. “O boi é o bombeiro do Pantanal. Ele come capim – e isso evita as queimadas”, explica o executivo do grupo, que tem acordo com 50 produtores integrados em Mato Grosso do Sul.

O polo de produção da Korin fica em Ipeúna, a 200 quilômetro­s de São Paulo. A cidade é conhecida como polo nacional da agricultur­a natural. Em 2019, , a receita ficou em R$ 168 milhões. “Este ano, apesar da crise, cresceremo­s para R$ 200 milhões.” Segundo ele, a pandemia trouxe uma maior conscienti­zação do consumo de alimentos naturais e orgânicos.

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