‘Política que Marca’ traz as várias ‘caras’ do Vale do Anhangabaú
Novo capítulo da série multimídia do ‘Estadão’ mostra detalhes das gestões de Washington Luís em São Paulo
Os personagens envolvidos na remodelagem do Vale do Anhangabaú, no início do século passado, e as crises enfrentadas nas gestões de Washington Luís – o primeiro prefeito de São Paulo a virar presidente da República – compõem o segundo episódio da série multimídia do Estadão Política que Marca, publicado ontem.
O novo capítulo traz um podcast e um minidocumentário sobre as várias “caras” do Anhangabaú, que já foi parque, avenida, túnel e hoje está novamente em obras. Fotos históricas reunidas em um infográfico ajudam o leitor a compreender todas as transformações que marcaram um dos endereços mais tradicionais de São Paulo.
Ao mesmo tempo, este capítulo também discorre sobre Washington Luís, um político considerado inovador e austero que chegou ao cargo depois de virar estrela em sua legenda, o Partido Republicano Paulista. A fama foi obtida pelo trabalho desempenhado à frente da Força Pública, que depois deu origem à Polícia Militar.
Cotado para o cargo de prefeito da capital, elegeu-se vereador, como era norma na época, e foi escolhido por seus pares da Câmara. Assumiu em 15 de janeiro de 1914. Em 1917, foi reeleito pelo voto direto. Nesta eleição, apenas homens, com mais de 21 anos e alfabetizados foram autorizados a votar. Ele ficaria no cargo por mais dois anos.
Ambos os governos de Washington Luís, no entanto, foram marcados por crises financeiras e sociais, como a Primeira Guerra Mundial, greves e a gripe espanhola, que, assim como a covid-19, também impôs isolamento social e levou à morte cerca de 5% da população.
Projeto.
Produzida em parceria com a Rádio Eldorado ea TV Estadão, a série Política que Marca analisa como esses marcos paulistanos servem hoje à população. O Vale do Anhangabaú, por exemplo, foi palco do maior comício das Diretas-Já, que pedia a volta da democracia no Brasil, e atualmente passa por reforma que pretende transformá-lo em um espaço de eventos. O projeto é assinado pelo arquiteto dinamarquês Jan Gehl, referência em interferências urbanas voltadas a pedestres e ciclistas. Há 100 anos, a tarefa de desenhar o vale também coube a um estrangeiro, o paisagista francês Joseph-Antoine Bouvard.