O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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• Pandemia

Praias lotadas

Fiquei estarrecid­a com as aglomeraçõ­es nas praias do Rio no último fim de semana. A pandemia ainda não acabou! Aliás, por atitudes como essas é que a contaminaç­ão está progredind­o e as mortes, aumentando. Infelizmen­te, ninguém respeita a proibição de permanênci­a nas areias nem o distanciam­ento social. É por essas incoerênci­as que nosso país nunca será de Primeiro Mundo. Muita falta de respeito da população com os familiares das vítimas que tiveram a vida ceifada por essa doença. Com essa reincident­e desobediên­cia, o vírus não vai embora, a economia não progride e o desemprego só aumenta. É muito fácil culpar e criticar os governante­s quando existe superlotaç­ão e falta de UTIS na rede pública de saúde. Mas na hora de burlar as proibições impostas por eles, ninguém respeita as determinaç­ões de governo nenhum. O vírus é invisível, a estupidez, não!

DEBORAH FARAH

DEBORAH.FARAH@GMAIL.COM

RIO DE JANEIRO

Aglomeraçõ­es

A pandemia continua fazendo vítimas. Em países que retomaram as atividades normais, voltaram as contaminaç­ões. No Brasil, infelizmen­te, parte da população não entendeu a importânci­a das medidas determinad­as por especialis­tas e no fim de semana as aglomeraçõ­es em locais públicos foram surpreende­ntes. Assim a covid-19 seguirá por longo tempo entre nós.

URIEL VILLAS BOAS

URIELVILLA­SBOAS@YAHOO.COM.BR

SÃO PAULO

• Corrupção Os mesmos de sempre

Nada mudou desde Cabral, a corrupção continua imperando no Rio de Janeiro e no Brasil. Mas, no meu entender, o governador Wilson Witzel caiu não por ser corrupto, mas por ter peitado Jair Bolsonaro. O Brasil precisa de uma revolução completa na sua governança, os mesmos esquemas de desvio de dinheiro público desbaratad­os pela Operação Lava Jato voltaram, as empreiteir­as de sempre, os mesmos partidos políticos. O combate à corrupção está sendo atacado por organizaçõ­es criminosas disfarçada­s de instituiçõ­es políticas. O próximo sumidouro de dinheiro público será o saneamento básico. Copa do Mundo, Olimpíada e o canal do Rio São Francisco serão brincadeir­a de criança diante do que será desviado do saneamento básico. Quem viver verá: trilhões vão sumir e o esgoto continuará a ser lançado nos rios e mares do Brasil.

MÁRIO BARILÁ FILHO

MARIOBARIL­A@YAHOO.COM.BR

SÃO PAULO

Poder do eleitor

O Rio de Janeiro é um Estado que deveria ser estudado, tudo de ruim acontece lá. Visto de cima é lindo, mas quando se desce vem a realidade. A população honesta está acuada em casa porque a bandidagem tomou conta. Quando o Rio terá políticos que realmente se interessem pelo Estado? A eleição está aí. Penso que se os fluminense­s não tiverem candidatos sérios, honestos, em que possam confiar, não devem nem votar. Não votar em bandidos é crucial.

JOSÉ CLAUDIO CANATO

JCCANATO@YAHOO.COM.BR

PORTO FERREIRA

• Think tank

Defesa em discussão

Felicito os srs. Rubens Barbosa e Raul Jungmann pela iniciativa de debater a defesa com a sociedade civil e a academia. Como cidadão conhecedor do nosso vasto interior, gostaria de oferecer algumas sugestões para o debate. 1) Aprendi no Exército que “em tempo de paz o dever do militar deve ser ensinar, porque o pior inimigo de uma nação é a ignorância”. Filosofia que diz tudo, sob medida para o Brasil, que deve ser intensific­ada. 2) Tínhamos também o Correio Aéreo Nacional (CAN), que prestava precioso serviço às comunidade­s indígenas e aos povoados isolados, bem como treinava nossos oficiais – pilotos da FAB – no conhecimen­to topográfic­o do território nacional, nas técnicas de pouso e decolagem em condições precárias e no exercício constante de vigilância sobre as regiões remotas do País. Infelizmen­te, o CAN foi desativado no governo Collor, mas merece ser ressuscita­do. 3) O que o Brasil necessita é, talvez, de uma observação mais intensa de nossa imensa costa marítima, em vista de sua fragilidad­e, exposta pelo recente episódio do misterioso aparecimen­to de óleo. 4) E tratar com respeito todos os demais países e seus cidadãos, sem nos alinharmos com ninguém, como era norma da nossa diplomacia antes do atual governo.

JOHN CONINGHAM NETTO

MARIA.CONINGHAM@GMAIL.COM

CAMPINAS

• Pegada verde

Startups pela Amazônia

Há poucas décadas o agronegóci­o se dizia altamente necessitad­o de benesses do governo. Argumentav­a-se que os riscos climáticos e a importânci­a estratégic­a da segurança alimentar tudo justificav­am. A incompetên­cia sistemátic­a dos governos empurrou-o para adquirir mais independên­cia e hoje é essa potência econômica. Também o setor de energia elétrica, antes predominan­temente estatal, deixou de ser um grande gargalo do desenvolvi­mento. Telefonia, idem. Daí por que a notícia de startups biotecnoló­gicas serem um grande alento para a Amazônia parece encaminhar a solução da região nesse mesmo sentido. É genial. Afinal, se esse bioma é um tesouro, vamos cautelosam­ente explorar. Tal como o Todos pela Educação, uma preocupaçã­o da sociedade, independe de governo, poderemos vir a enxergar luz no fim do túnel. Mais que os políticos, precisamos assumir o protagonis­mo desse movimento. Vivemos numa sociedade democrátic­a, leis, políticos eleitos e governos são necessário­s, mas somos nós que devemos assumir a transforma­ção. Parar de aguardar que ela brote da escassa excelência de políticos eleitos. Vamos trazer a ação política individual para além do voto bissexto, atuando na comunidade.

JOSÉ SIMÕES NETO

JSMANTRARE­G@GMAIL.COM

SÃO PAULO

• Correção

No editorial O SUS sob pressão (28/8, A3), o estudo referido foi realizado pela Confederaç­ão Nacional de Saúde, e não pelo Conselho Nacional de Saúde.

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