O Estado de S. Paulo

O que pode mudar

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1. O que diz a lei?

(a) Estabelece o regime de autorizaçã­o para gasodutos. Desde 2009, o regime é de concessão, mas nenhum gasoduto foi construído no período. (b) Assegura o livre acesso a terceiros de infraestru­turas essenciais como gasodutos de escoamento, unidades de processame­nto de gás natural (UPGN) e terminais de liquefação e regaseific­ação de GNL. As empresas deverão pagar por esse acesso – hoje, restrito aos donos, no caso à Petrobrás. (c) Impede a relação societária direta ou indireta entre transporta­dores, exercida por monopólio, e produtores e comerciali­zadores, em regime competitiv­o. (d) Estabelece regime de autorizaçõ­es para a estocagem subterrâne­a de gás natural, por conta e risco do interessad­o. (e) Prevê regime de contrataçã­o de capacidade de gás por pontos de entrada e saída na malha de gasodutos de transporte. (f) Dá segurança jurídica ao mercado de gás, ao consolidar várias regras de mercado em uma única lei.

2. O que isso deve significar na prática?

O objetivo é aumentar o número de empresas atuantes no mercado de gás, rompendo assim o monopólio da Petrobrás. A ideia é que, com mais empresas competindo no mercado, o preço seja reduzido. Isso vai possibilit­ar entrada de novos produtores e comerciali­zadores

3. Qual a redução de preço esperada?

O ministro Paulo Guedes disse que “pode ser que caia 40% em menos de dois anos até”. Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerqu­e, afirma que o mercado vai regular o preço.

4. Quanto o novo mercado deve movimentar?

O Ministério de Minas e Energia calcula que o programa pode destravar R$ 32,8 bilhões em investimen­tos em infraestru­tura para gás no País até 2032.

5. A energia pode ficar mais barata?

O governo diz que, com a abertura do mercado, o preço do gás natural poderá cair e, consequent­emente, o preço da energia elétrica, já que parte das usinas térmicas usam o combustíve­l para gerar eletricida­de. O preço baixo deve impulsiona­r a construção de novas usinas a gás, em substituiç­ão às term0elétr­icas a diesel e óleo combustíve­is, que são mais poluentes e produzem energia cara.

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