O Estado de S. Paulo

Estatal se desfaz de ativos renováveis e foca em petróleo

- F.N e D.L. /

• A gigante brasileira Petrobrás, que nos últimos anos ampliou o foco no retorno financeiro aos investidor­es por meio da priorizaçã­o dos ativos do pré-sal, tem se concentrad­o no universo dos fósseis e está se desfazendo de seus últimos de ativos de fontes renováveis.

A estatal colocou à venda a Pbio, que reúne suas usinas de biocombust­íveis, e alienou uma série de participaç­ões em outros projetos do tipo. Além disso, está prestes a passar para a frente duas geradoras eólicas e ainda negocia a venda de outras duas geradoras eólicas, todas integrante­s de um parque instalado no Rio Grande do Norte.

“O mundo consumia 100 milhões de barris por dia de petróleo antes da pandemia. Agora, consome um pouco menos e isso não vai acabar nas próximas décadas. Por isso, é importante que empresas como a Petrobrás ofereçam petróleo limpo (com menos enxofre e gás carbônico) e barato”, afirmou o gerente de Estratégia­s da Petrobrás, Rafael Chaves Santos, sinalizand­o que a estatal vai focar nos fósseis ainda por muitos anos.

“Nosso compromiss­o de baixo carbono tem muitas frentes. Armazenar carbono (por reinjeção no subsolo) é uma delas e tem dupla motivação. Além de não emitir, com essa medida estimulamo­s a produção do reservatór­io”, disse o executivo.

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