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Surfe. Brasileira atinge 22,4 metros em Nazaré, Portugal, e melhora em quase dois metros o recorde que já era seu

- LOS ANGELES

A World Surf League (WSL) anunciou ontem que a surfista brasileira Maya Gabeira estabelece­u um novo recorde mundial para a maior onda já surfada por uma mulher. Ela aumentou o seu próprio recorde de 20,7 metros (68 pés) para nada menos do que 22,4 metros (73,5 pés).

A nova marca foi conquistad­a no mesmo local de ondas gigantes do recorde anterior, a Praia do Norte, em Nazaré, Portugal, no dia 11 de fevereiro deste ano – portanto antes da pandemia do novo coronavíru­s paralisar as competiçõe­s esportivas –, como parte do evento inaugural do Nazaré Tow Surfing Challenge da World Surf League.

Embora as divisões masculina e feminina sejam separadas para esta categoria, a onda de Gabeira também ultrapasso­u o recorde masculino do cbdMD

XXL Biggest Wave, que foi vencido por Kai Lenny e mediu 21 metros (70 pés).

“Esta onda foi durante o campeonato (WSL Nazaré Tow Surfing) e, apesar de achar que não sou uma pessoa competitiv­a, eu estava muito concentrad­a e mais corajosa do que o normal neste dia”, afirmou Gabeira. “Eu estava arriscando bem mais e, quando larguei a corda

(do jet ski), tive a sensação de que poderia ser a maior onda da minha vida, mas não tinha certeza. A velocidade era muito alta e o barulho que a onda fez quando quebrou me fez perceber que esta era provavelme­nte a maior onda que surfei”, completou a atleta brasileira.

“Este recorde mundial é realmente surpreende­nte porque o tamanho da onda foi mais alto até do que a onda do vencedor masculino, então isso significa que uma mulher surfou a maior onda do ano no geral”, continuou Gabeira.

“Isso, para mim, era algo que eu havia sonhado anos atrás, mas não como algo realista. Não houve representa­ção para eu acreditar que era possível. Eu apenas pensei que era tão irreal, mas ver isso acontecer foi incrível. Esse é um esporte extremamen­te dominado pelos homens, então ter uma mulher capaz de representa­r isso é bastante raro.”

Em uma das batalhas mais acirradas na história do BWA, a onda da Gabeira mediu apenas 2 a 3 pés a mais do que a onda surfada pela Justine Dupont (FRA) no mesmo dia de competição. A segunda onda indicada da francesa foi no dia 13 de novembro de 2019, também em Nazaré, Portugal. “Estamos vivendo em um mundo totalmente diferente agora com a covid19. Sinto-me grata por ter vivido intensamen­te aquele início de ano e poder realizar algo no esporte que este ano tem sido muito desafiador para nós atletas. Por algum motivo de sorte, 2020 ainda significar­á muito para mim”, disse Maya Gabeira.

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DAMIEN POULLENOT/WSL - 11/2/2020 Onda gigante. ‘Era algo que eu havia sonhado, mas não como algo realista’, admite Maya
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PEDRO MESTRE/WSL Coragem. Maya disse ter arriscado

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