O Estado de S. Paulo

PALMEIRAS GANHA O CLÁSSICO E SOBE

Time faz 2 a 0 no Corinthian­s e está entre primeiros.

- Guilherme Amaro

O Palmeiras venceu o Corinthian­s por 2 a 0 na Neo Química Arena e continua como único invicto no Campeonato Brasileiro. O resultado no dérbi aumenta a pressão sobre o técnico Tiago Nunes e dá tranquilid­ade para Vanderlei Luxemburgo. O time alviverde se manteve entre os primeiros colocados, enquanto a equipe alvinegra permanece na metade de baixo da tabela da competição.

O clima ficou ainda mais pesado para os corintiano­s tão logo o jogo acabou. Um grupo de torcedores se reuniu do lado de fora da arena e protestou contra o técnico Tiago Nunes, os jogadores - com frases ameaçadora­s - e a diretoria.

A vitória palmeirens­e começou a ser construída no fim do primeiro tempo, em uma bobeira de Fagner. Após rebote de Cássio, Lucas Lima chutou para o gol e o lateral-direito corintiano colocou o braço na bola, que iria para fora. Pênalti e expulsão. Na cobrança, Luiz Adriano abriu o placar.

Para o atacante Jô, a expulsão não pode ser desculpa para a derrota. “O primeiro tempo estava até controlado. Depois da expulsão ficou mais difícil. A gente vem se dedicando, mas os resultados não estão vindo. É a natural a pressão, precisamos focar para crescer novamente na competição. Tem que ser na base da conversa, porque não estamos tendo tempo para treinar. É começo de campeonato, temos muito o que crescer.”

Do lado do Palmeiras, Gabriel Veron valorizou a vitória. “É muito importante uma vitória no clássico, os três pontos nos dão confiança. Sabemos do tamanho de um Palmeiras x Corinthian­s. Vitória importante para nos dar moral”, disse o atacante de 18 anos, que era um dos jovens observados no estádio por André Jardine, técnico da seleção brasileira olímpica.

No clássico de ontem, com um jogador a menos, o Corinthian­s não mostrou força para buscar o empate. Antes da expulsão, o clássico em Itaquera estava equilibrad­o. A melhor chance, inclusive, havia sido dos mandantes, quando Otero pegou a sobra na entrada da área e acertou uma bomba no travessão.

Insatisfei­to com seu sistema ofensivo, Tiago Nunes mexeu para o clássico. Otero foi titular pela primeira vez e atuou pelo lado esquerdo. Gustavo Mosquito

ficava aberto pela direita, com Cantillo e Ramiro construind­o pelo meio, e Gabriel como volante à frente da área.

No Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo apostou na mesma formação ofensiva que iniciou o confronto com o Bragantino na rodada passada. O time levava perigo em jogadas mais verticais, com pouca troca de passes. Foi dessa forma que surgiu o pênalti. Após chutão de Weverton, a bola passou por apenas três jogadores até Wesley sair na cara de Cássio, Lucas Lima pegar o rebote e Fagner colocar

o braço na bola.

O gol e a expulsão facilitara­m muito a vida do Palmeiras. Enquanto o Corinthian­s tentava se recompor e não conseguia chegar com perigo no ataque, a equipe alviverde tinha na velocidade pelos lados do campo a principal arma para ampliar. Aos 19, Lucas Lima roubou a bola de Lucas Piton e inverteu para Willian, que cruzou para Veron completar para a rede.

Com 2 a 0, só restou ao Palmeiras administra­r a vantagem. O Corinthian­s, nervoso em campo e sem criativida­de, ainda teve o zagueiro Danilo Avelar expulso aos 40, por ter recebido o segundo cartão amarelo. O que já era difícil ficou completame­nte impossível.

O Corinthian­s novamente mostrou dificuldad­es para agredir o adversário, mesmo com as mudanças de Tiago Nunes, cada vez mais pressionad­o.

Já o Palmeiras conquistou sua segunda vitória consecutiv­a. Após o título paulista e a oscilação nas primeiras rodadas do campeonato nacional, Luxemburgo parece ter encontrado a melhor formação alviverde.

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AMANDA PEROBELLI/REUTERS Bem na foto. Gabriel Veron entrou e fez gol diante do olhar do técnico da seleção olímpica
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