Participante que teve reação adversa à vacina é mulher
• Foi uma mulher que se apresentou como voluntária para os testes clínicos da vacina contra a covid-19 da Universidade de Oxford quem desenvolveu reação adversa grave que levou à paralisação dos testes. Ela recebeu de fato o imunizante, não o placebo. As informações foram dadas pelo CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, durante uma conferência privada com investidores, segundo revelou o site Stat News, portal americano especializado em notícias de ciência e saúde.
O executivo também teria confirmado que a voluntária manifestou problema neurológico conhecido como mielite transversa, mas disse que já teve alta e passa bem. A intercorrência motivou a suspensão dos testes clínicos da vacina para que um comitê independente avalie se a doença foi causada pelo produto.
Ao Estadão, a assessoria de imprensa da AstraZeneca no Brasil confirmou que a voluntária faz parte do grupo que tomou a vacina em teste, mas disse não poder revelar mais detalhes sobre o perfil da participante pela confidencialidade exigida.
A vacina da Oxford está sendo testada no Brasil em cerca de 5 mil pessoas. O estudo está sendo coordenado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A instituição informou que não foram registrados eventos adversos em participantes brasileiros. /
FABIANA CAMBRICOLI