O Estado de S. Paulo

Itaú lança crédito imobiliári­o com taxa atrelada à poupança

Linha inédita teria hoje juro de 5,39% ao ano, 25% menor do que a média do mercado, segundo dados do BC

- FERNANDA GUIMARÃES

A queda da taxa básica de juros da economia para o piso histórico de 2% ao ano pode se tornar mais palpável ao consumidor que vai comprar imóvel. Essa é a mensagem do Itaú Unibanco ao lançar um pacote de linhas de crédito voltadas ao setor imobiliári­o. Para a pessoa física, uma das novidades é a possibilid­ade de obter crédito com taxa atrelada ao rendimento da poupança, algo inédito. Se a contrataçã­o fosse hoje, a taxa anual seria de 5,39%, ou 25% menor do que a média do mercado, segundo dados do Banco Central (BC).

Na nova linha, o Itaú combinou uma taxa fixa de 3,99%, que será somada ao rendimento da poupança, hoje em 1,4%. Será a parte variável na equação. Como pelas regras do BC o teto de rendimento da poupança é de 6,17% ao ano, a taxa nunca passará de 10,16% ao ano.

“Aproveitam­os o momento para chegar a um patamar de taxas que antes não eram viáveis”, diz o diretor executivo do Itaú Unibanco, Alexandre Zancani.

No financiame­nto imobiliári­o tradiciona­l, o banco também anunciou mudanças. Reduziu a taxa de TR + 7,3% ao ano para TR + 6,9% ao ano. Nessa linha, ao contrário da atrelada à poupança, o cliente sabe quanto pagará durante todo o contrato.

Segundo Zancani, o modelo agradou na fase piloto, em especial a alta renda. “De acordo com o patamar de juros, uma linha ou outra será mais atrativa.” A nova linha vale para imóvel residencia­l, tem prazo de até 30 anos para pagamento e entrada mínima de 10% do valor do imóvel.

Em outra frente de atuação, o Itaú lançou linha de crédito que usa o próprio imóvel como garantia. Conhecido como home equity fora do Brasil, é um modelo explorado em mercados mais maduros. O cliente com imóvel financiado no Itaú pode pegar dinheiro emprestado e usá-lo para qualquer propósito. Pode pegar o mesmo valor do saldo devedor, mas com a limitação de até 90% do valor do imóvel.

O pagamento da nova dívida será o prazo do financiame­nto imobiliári­o: se o cliente tem dez anos para pagar o imóvel, a dívida terá esse prazo. Como o imóvel é a garantia, o juro é menor do que linhas de crédito pessoal./

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SERGIO NEVES/ESTADÃO–8/6/2020 Opção. Banco lançou crédito com imóvel como garantia

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