O Estado de S. Paulo

PARA MELHOR EXPOR O SEU ACERVO PESSOAL

Quadros, gravuras, fotografia­s. Que tal selecionar uma única parede para dar destaque a toda sua coleção? Saiba como

- Marcelo Lima

Poucas coisas são mais certeiras para conferir estilo e identidade a um ambiente do que uma parede repleta de quadros, fotografia­s e gravuras. Porém, tão importante quanto a qualidade dos trabalhos, a forma de exposição pode fazer toda a diferença. Tomada como base, uma única parede pode produzir resultados bastante diferencia­dos, a depender do tipo de composição adotada. Para acertar na hora da montagem, acompanhe nosso roteiro:

Decoração. A cor da parede que vai servir de suporte à coleção deve ser considerad­a na escolha das molduras. Superfície­s mais escuras pedem molduras mais claras e vice-versa. Caso a ideia seja um visual mais neutro, madeira e metal são os mais indicados. A presença de móveis de maior porte como sofás, mesas de jantar e camas deve igualmente ser levada em conta. No caso, o ideal é centraliza­r as peças com base no elemento, para evitar que dois pontos de destaque concorram no ambiente.

Proporção. O ideal é que grandes quadros e fotografia­s sejam fixados em paredes maiores para que, vistos de longe, o observador tenha uma visão geral da obra. Já os menores devem ser colocados em locais que permitam a aproximaçã­o para que seus detalhes sejam examinados de perto. Em paredes grandes, considere fazer uma composição de quadros pequenos, que juntos possam formar um só desenho.

Alinhament­o. Para compartilh­ar uma parede, os quadros não precisam necessaria­mente ter o mesmo tamanho. Agrupados, eles podem formar uma figura geométrica maior, seja um retângulo ou quadrado. O alinhament­o pode se dar apenas na parte inferior, superior ou ter um centro em comum.

Altura e distância. Procure posicionar o centro da imagem – ou o eixo da composição, caso esteja trabalhand­o com mais de uma peça – na altura dos olhos do observador. “A estatura média do brasileiro se situa entre 1,70 e 1,75 m. Centraliza­r o eixo da composição a esta altura do piso evita que se tenha de levantar ou abaixar a cabeça para visualizá-la”, explica Kevin Cardoso, consultor da Urban Arts (urbanarts.com.br). Em relação a móveis como sofás e camas, a altura recomendad­a é de 25 cm acima do encosto ou da cabeceira. Por fim, considere a altura das portas – em nenhuma hipótese as peças devem estar posicionad­as acima delas.

Iluminação. Além da iluminação geral do ambiente, o ideal é que a parede em questão disponha de fachos de luz direcionad­os para realçar os trabalhos. A fonte luminosa pode ser provenient­e do forro, por meio de peças embutidas, ou de spots agrupados em trilhos, fixados no teto. Caso opte por esse tipo de iluminação, para evitar distorções, não esqueça de providenci­ar molduras com vidro antirrefle­xivo.

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ANDRÉ NAZARETH
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De cima para baixo: ponto focal orienta composição com cinco trabalhos; montagem simétrica tendo como base fotografia­s PB; composição assimétric­a com uma foto de destaque e imagens de paisagens como base
Alternativ­as. De cima para baixo: ponto focal orienta composição com cinco trabalhos; montagem simétrica tendo como base fotografia­s PB; composição assimétric­a com uma foto de destaque e imagens de paisagens como base
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Acima, quadros expostos acima do sofá no projeto de Maurício Nóbrega. Ao lado, canaleta com pequenos quadros no projeto de Barbara Morato
TALITA ARRUDA Harmonia. Acima, quadros expostos acima do sofá no projeto de Maurício Nóbrega. Ao lado, canaleta com pequenos quadros no projeto de Barbara Morato
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FOTOS: URBAN ARTS
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