Covid avança no centro expandido de SP e preocupa
Franca e Ribeirão Preto, as únicas que ainda estavam na laranja, já podem relaxar as restrições
O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que dados do inquérito sorológico em adultos, ainda não divulgados, mostram aumento de contaminação em adultos das classes A e B na região oeste de SP, o que deixa autoridades “preocupadas”. Mais tarde, o secretário Edson Aparecido (Saúde) disse que o avanço, entre 53% e 56%, atinge todo o centro expandido.
O governo do Estado divulgou ontem o novo mapa da quarentena e, diante da queda nos números da covid-19, todas as regiões estão agora na fase amarela. Franca e Ribeirão Preto, as únicas que estavam na fase laranja, evoluíram para essa nova etapa. As demais áreas, 95% do Estado, já estavam nesse grupo desde sexta passada, dia 4.
“A reclassificação foi possível por quedas nos números de Franca e Ribeirão Preto. Entramos numa nova fase do monitoramento da pandemia. No Estado
de São Paulo como um todo, a pandemia regride de maneira sólida e, agora, todas as regiões estão na fase amarela”, afirmou o governador João Doria. As duas regiões tiveram quedas em números de casos, óbitos e ocupações de leitos de UTI. Em
Ribeirão, por exemplo, houve queda de 32% no número de casos e de 31% em óbitos.
Pelas regras anteriores do Plano São Paulo, as regiões só podiam progredir de fase de 14 em 14 dias e a próxima progressão se daria na próxima sexta-feira,
mas houve mudanças. A partir de ontem, as reavaliações do Plano passam a ser mensais, por determinação do Centro de Contingência Contra a Covid19. “Mas, se houver piora significativa, haverá a regressão imediata para a faixa vermelha. Não
haverá retorno à fase a laranja, o que aumenta a responsabilidade de prefeitos, secretários de Saúde e da própria população”, disse Doria. Com a decisão, a nova reclassificação das regiões só acontecerá dia 9 de outubro.
O Estado contabilizou ontem 882.809 casos confirmados e 32.338 mortes pela doença. Em todo o Estado, há 4.556 pacientes em leitos de UTI, entre casos confirmados e suspeitos.
“Ainda temos muitas mortes por dia. Então, temos de ter os cuidados para que as regiões se mantenham nessa fase”, afirmou o chefe do Centro de Contingência, José Medina. Segundo ele, o acompanhamento dos indicadores nas próximas quatro semanas vai garantir mais segurança na possível migração de regiões para a fase verde a partir de outubro.
A média diária é de 178 óbitos no Estado nesta última semana, o que confirma uma tendência de queda nos óbitos causados pelo novo coronavírus pela quinta semana consecutiva. “Precisamos de esforço da população na retomada dessa ‘nova normalidade’ e tudo vai depender do que acontecer nas próximas quatro semanas”, ressaltou João Gabbardo dos Reis.