O Estado de S. Paulo

Dias escaldante­s no inverno em São Paulo

Baixa umidade é esperada e, no interior, termômetro­s se aproximam dos 40 ºc

- Renata Okumura Larissa Gaspar

Ciclista se refresca em vaporizado­r no Parque do Ibirapuera: ontem, a temperatur­a em São Paulo chegou a 33,7°C, igualando a maior marca do ano, em 27 de janeiro. O nível de umidade do ar atingiu 16% e pode abaixar ainda mais hoje e amanhã. No interior, são esperadas temperatur­as próximas dos 40°C.

A cidade de São Paulo deve atingir o recorde de temperatur­a do ano neste fim de semana, com a chegada de uma onda de calor, que elevará os termômetro­s também no interior do Estado. A situação fez a Defesa Civil estadual emitir um alerta diante da sensação de calor intenso e da baixa umidade relativa do ar.

De acordo com o Climatempo, a temperatur­a na capital paulista chegou ontem aos 33,7 ºc , igualando a maior marca do ano até então, de 27 de janeiro, em meio ao verão. O nível de umidade do ar atingiu 16% e pode abaixar ainda mais hoje e amanhã. No interior, são esperadas temperatur­as próximas dos 40 ºc. “Esse calor é decorrente dos ventos que sopram do interior do continente, somados à presença do sol e à ausência de nuvens. A umidade relativa do ar também pode ficar abaixo de 15% à tarde em praticamen­te todas as regiões do Estado”, disse a Defesa Civil em nota.

De acordo com Marcelo Schneider, meteorolog­ista e coordenado­r do Distrito Meteorológ­ico São Paulo do Instituto Nacional

de Meteorolog­ia (Inmet), “a onda de calor de quatro dias e depois a passagem de uma frente fria tem sido uma constante nos últimos anos”.

Ele explica que o La Ninã, fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatur­a da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, colabora para “intensific­ar os extremos”, caso das temperatur­as baixas registrada­s no Estado no fim de agosto. No entanto, mesmo sem a caracterís­tica do fenômeno, a onda de calor é algo que vem se formando nas últimas semanas.

Na transição entre agosto e setembro, há menor umidade na região central do Brasil por causa de bloqueios atmosféric­os, o que causa tempo seco e temperatur­as elevadas na região. A segunda quinzena de setembro deve ser mais úmida, com temperatur­as mais amenas, por causa das condições frias do Oceano Pacífico.

Além das recomendaç­ões para distanciam­ento social e uso de máscara com a pandemia de covid-19, a Defesa Civil também recomenda que as pessoas evitem exercícios físicos ao ar livre nos períodos mais quentes.

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TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO Cuidados. Defesa Civil recomenda que se evite, hoje e amanhã, exercício físico ao ar livre nos períodos mais quentes

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