O Estado de S. Paulo

Chapa de Covas indica acordo pela presidênci­a da Câmara

- Pedro Venceslau ✽ REPÓRTER DO ESTADÃO

Acampanha pela reeleição do prefeito Bruno Covas começou a ser articulada em fevereiro do ano passado na casa do então chefe de gabinete do governador João Doria (PSDB), Wilson Pedroso, atual coordenado­r da campanha. Naquele momento, Covas, apesar de prefeito, ainda era um nome desconheci­do do eleitorado, não tinha uma vitrine para apresentar na campanha e era surpreendi­do com o fogo amigo de aliados. A descoberta de um câncer agressivo no dia 28 de outubro interrompe­u as articulaçõ­es, mas gerou uma onda de solidaried­ade e empatia que tornou o tucano amplamente conhecido do eleitor paulistano.

Apesar da pressão de tucanos pela formação de uma chapa pura, Covas optou pela escolha do vereador Ricardo Nunes (MDB) como seu candidato a vice. Era parte de um acordo nacional. Os tucanos e o DEM vão apoiar a candidatur­a do deputado Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, à presidênci­a da Câmara em 2021 em uma disputa contra o centrão, que terá o apoio do Palácio do Planalto.

O DEM, por sua vez, recebeu a promessa de apoio do PSDB para Rodrigo Garcia concorrer ao governo do Estado em 2022. No cenário atual, ele assumiria após Doria se descompati­bilizar para disputar o Palácio do Planalto.

Depois de votar na convenção do PSDB ontem, Doria disse que a aliança do seu partido com DEM e MDB representa a indicação de um “centro democrátic­o e liberal”.

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