PT disputará sozinho na capital paulista
Jilmar Tatto é confirmado e vice deve ser anunciada amanhã; pela 1ª vez desde 1989, candidato petista não terá outra legenda na chapa
Confirmado ontem como candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto fez um discurso voltado aos assuntos locais, com críticas à gestão Bruno Covas e João Doria (PSDB). A “nacionalização” do evento ficou por conta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que falou em “reconstruir do Brasil”. O nome da historiadora Selma Rocha, da Fundação Perseu Abramo, será anunciado amanhã como candidata a vice. Esta será a primeira vez desde 1989 que o partido, que já comandou a cidade três vezes, concorrerá sem outro partido na chapa.
Desconhecido e com pouca densidade eleitoral fora da zona sul, Tatto se apresentou como responsável por programas implantados nas administrações do PT, como os corredores de ônibus e Bilhete Único. Ele foi secretário de Abastecimento, Transportes e Casa Civil no governo Marta Suplicy e dos Transportes na gestão Fernando Haddad.
¨Você pode ainda não conhecer o Jilmar Tatto mas com certeza conhece os benefícios do trabalho dele”, disse Haddad, que acompanhou o candidato em uma laje no Jardim São Luiz, zona sul, de onde foi transmitida a oficialização da candidatura. Fotógrafos do Estadão não tiveram acesso. Tatto prometeu, , se eleito, rever todos os contratos da prefeitura, aumentar impostos municipais (ISS e IPTU) para os mais ricos e implantar gradualmente o passe livre no transporte público.
Direita. O ex-presidente da OAB-SP, Marcos da Costa foi confirmado ontem como candidato do PTB à Prefeitura. Cabo Edjane será a candidata a vice. Em sua primeira campanha política, Costa se apresenta com cristão conservador e de direita. Diz estar alinhado ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro, e mira o voto de seus apoiadores.
“Sou o candidato do Roberto Jefferson, que me apoia, do Campos Machado, da família petebista”, disse Costa, fazendo menção a Jefferson, presidente nacional do partido, condenado no escândalo do mensalão. “Entrei para o PTB sabendo do reposicionamento do partido, mais conservador e à direita. São valores que defendo”, declarou o advogado.