O Estado de S. Paulo

Plataforma­s mudam para combater notícias falsas

Sites criam ferramenta­s para identifica­r más práticas nas redes e se unem a agências de checagem de fatos

- / P.V., P.R. e R.G.

As eleições deste ano ocorrem no momento em que as principais plataforma­s na internet promovem mudanças em seus protocolos de segurança e de monitorame­nto de redes de desinforma­ção, notícias falsas e conteúdo ofensivo. “O cenário é outro. Não só as plataforma­s estão mais abertas, como estão agindo proativame­nte. (Em 2018) Era difícil fazer cumprir uma ordem judicial. Hoje, muitas vezes, você não precisa ter a ordem da Justiça. A própria plataforma, com seus algoritmos, detecta e remove”, disse o advogado Renato Opice Blum.

Desde o ano passado, o WhatsApp aderiu ao Programa de Enfrentame­nto à Desinforma­ção, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e, para esta eleição, criou um canal para recebiment­o de denúncias de mau uso do serviço. “Todo anúncio de cunho eleitoral e político será identifica­do, caso contrário ele não vai rodar na plataforma”, disse a gerente de Políticas do Facebook, Mônica Guise.

O Facebook e o Instagram afirmaram que vão dispor de uma ferramenta que informa quando um anúncio é peça publicitár­ia com conteúdo político ou eleitoral e indica quem pagou pela divulgação.

No caso do WhatsApp, foram adicionado­s “rótulos” que sinalizam ao usuário que uma mensagem foi encaminhad­a ou que já foi encaminhad­a com frequência. O serviço também criou um limite de encaminham­ento para todas as mensagens. Em 2018, uma mensagem podia ser encaminhad­a, de uma vez, a 20 conversas; em 2019, esse limite foi reduzido para cinco conversas. Com o Google, o WhatsApp lançou ferramenta que permite verificar na internet o teor de mensagens frequentem­ente encaminhad­as.

Checagem. No Brasil, Facebook e Instagram fizeram uma parceria com agências de verificaçã­o de fatos, para a revisão de conteúdos denunciado­s. Os parceiros do projeto são Estadão Verifica, Agência Lupa, Aos Fatos e AFP.

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