VAIAS E GRITOS NO VELÓRIO DA JUÍZA GINSBURG
Presidente e primeira-dama ficaram menos de 2 minutos em frente ao caixão da magistrada
Opresidente dos EUA, Donald Trump, foi vaiado no velório da juíza Ruth Bader Ginsburg, na manhã de ontem, em Washington. Ele ficou pouco tempo na cerimônia e permaneceu em silêncio ao lado do caixão no prédio da Suprema Corte.
De máscara, algo incomum ao presidente, e de gravata azul, e não a tradicional vermelha, a cor do Partido Republicano, Trump parou diante do caixão, fechando os olhos algumas vezes. No entanto, o silêncio foi quebrado por vaias e gritos de manifestantes.
“Honre o desejo dela”, gritaram alguns, se referindo ao pedido de Ginsburg para que seu substituto não fosse confirmado “até um novo presidente tomar posse”. Trump deve anunciar a indicação do novo nome amanhã. O escolhido terá ainda de passar pela aprovação do Senado, de maioria republicana.
Outros gritaram “Vote pela saída dele!”. Não ficou claro, porém, se Trump e sua mulher, Melania, que se juntou a ele na solenidade, podiam ouvir o barulho, que era claramente audível pela televisão. Eles ficaram por menos de dois minutos no local.
Mais tarde, a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, afirmou à CNN que “os gritos eram terríveis, mas certamente esperados quando você está com o coração triste”. “Viajo com o presidente por todo o país e onde quer que estejamos as ruas estão repletas de gente nos apoiando. Não acho que qualquer outro presidente teve isso antes”, disse. Também estavam com eles o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O’Brien. O corpo da juíza Ginsburg está sendo velado no prédio da Suprema Corte desde quarta-feira.