Easynvest passa a oferecer crédito a partir de R$ 1 mil
Em mais um passo para que as fintechs se tornem parecidas com os bancos, a Easynvest – corretora que se popularizou nos últimos cinco anos como plataforma digital de investimentos – decidiu aproveitar o ambiente de juros baixos para entrar no mercado de crédito. A prioridade serão empréstimos destinados a resolver emergências, a partir de R$ 1 mil e até R$ 250 mil. Os recursos serão concedidos na própria plataforma, para investidores que preferem pegar dinheiro emprestado a resgatar o valor que têm investido. Além de diversificar os negócios, a intenção é atrair clientes de corretoras que não oferecem a opção. Batizado de Easycred, o novo serviço usará os investimentos dos clientes como garantia contra calotes.
» Risco controlado. Com prazo de até 36 meses, os empréstimos terão taxa de juros de 1,5% ao mês, similar ao cobrado no crédito consignado e quase cinco vezes menor que a média do juro do cheque especial. O cliente terá como crédito préaprovado 75% do valor que tem aplicado em renda fixa e 50% do investido em renda variável.
» De fora. Para viabilizar o produto, a Easynvest é parceira da Captalys, plataforma que financiará as operações e fornecerá a tecnologia. O produto começou a ser gestado no início do ano e não foi discutido com o Nubank, que anunciou a compra da corretora há duas semanas. O tema só será tratado quando a aquisição for aprovada pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até lá, as operações seguem independentes.
» Coração fala. A ideia surgiu quando a corretora viu que clientes resgatavam investimentos para resolver imprevistos. Pesquisas identificaram que parte deles não gosta de tocar na reserva, em razão do esforço para construí-la. Por isso, prefere tomar crédito, decisão mais psicológica do que econômica. Além disso, 30% estariam dispostos a tomar crédito na própria Easynvest. Na fase de testes, foram emprestados R$ 430 mil, sendo 46% com volumes de até R$ 2 mil.
» Saúde. O grupo de medicina diagnóstica Fleury está redesenhando o novo prédio-sede para adaptar o ambiente de trabalho aos novos hábitos pós-pandemia. Hoje, a companhia tem cerca de 10 mil funcionários em quatro edifícios.
» Casa nova. Nos próximos meses, o grupo vai se mudar a um prédio novo, na zona sul da capital paulista, reunindo a tropa em um lugar só. O empreendimento é do tipo built to suit, isto é, projetado às necessidades do inquilino.
» Fica longe. O presidente do Fleury, Carlos Marinelli, disse que a futura casa será maior do que a atual. Em parte, isso é explicado por planos de crescimento. Outro fator é a necessidade de aumentar o distanciamento entre as estações de trabalho, em virtude da pandemia.
» Vai quem precisa. Na nova sede, 80% do espaço será de locais de interação, como salas de reunião e vivência – enquanto só 20% será estações de trabalho. Segundo Marinelli, não haverá meta de dias para ir ou escritório. “As pessoas vão fazer o que acham ser o mais produtivo”, diz.
» Vendem-se lenços. Os fundos de private equity, aqueles que compram participação em empresas, ampliaram os investimentos no setor de saúde durante a pandemia. De acordo com a consultoria de riscos Kroll, o número de clientes buscando
o processo de investigação para conhecer a real situação de uma corporação, chamado de due diligence, para investimentos no setor cresceu em relação a antes do covid-19.
» Em alta. Sem contar com as operações de tech-health, foram 45 negócios do setor de saúde, em 2018, e 57 no ano passado. Mesmo com a pandemia, de janeiro até julho, foram 24 transações na área da saúde no País.
Selva de pedra. Entre cinco das maiores capitais do Brasil, a cidade de São Paulo tem o seguro mais barato para apartamentos, segundo levantamento da Minuto Seguros. Na média, uma apólice com cobertura contra incêndio, danos elétricos e roubo foi cotada a R$ 266,12 ao ano. Porto Alegre registrou a média mais alta, a R$ 322,33. A pesquisa analisou Rio, Salvador e Brasília e considerou apólices com coberturas de R$ 150 mil para incêndio, R$ 5 mil para danos elétricos e R$ 10 mil para roubo.