O Estado de S. Paulo

Easynvest passa a oferecer crédito a partir de R$ 1 mil

- ANDRÉ ÍTALO ROCHA, FERNANDA GUIMARÃES E CIRCE BONATELLI

Em mais um passo para que as fintechs se tornem parecidas com os bancos, a Easynvest – corretora que se popularizo­u nos últimos cinco anos como plataforma digital de investimen­tos – decidiu aproveitar o ambiente de juros baixos para entrar no mercado de crédito. A prioridade serão empréstimo­s destinados a resolver emergência­s, a partir de R$ 1 mil e até R$ 250 mil. Os recursos serão concedidos na própria plataforma, para investidor­es que preferem pegar dinheiro emprestado a resgatar o valor que têm investido. Além de diversific­ar os negócios, a intenção é atrair clientes de corretoras que não oferecem a opção. Batizado de Easycred, o novo serviço usará os investimen­tos dos clientes como garantia contra calotes.

» Risco controlado. Com prazo de até 36 meses, os empréstimo­s terão taxa de juros de 1,5% ao mês, similar ao cobrado no crédito consignado e quase cinco vezes menor que a média do juro do cheque especial. O cliente terá como crédito préaprovad­o 75% do valor que tem aplicado em renda fixa e 50% do investido em renda variável.

» De fora. Para viabilizar o produto, a Easynvest é parceira da Captalys, plataforma que financiará as operações e fornecerá a tecnologia. O produto começou a ser gestado no início do ano e não foi discutido com o Nubank, que anunciou a compra da corretora há duas semanas. O tema só será tratado quando a aquisição for aprovada pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica (Cade). Até lá, as operações seguem independen­tes.

» Coração fala. A ideia surgiu quando a corretora viu que clientes resgatavam investimen­tos para resolver imprevisto­s. Pesquisas identifica­ram que parte deles não gosta de tocar na reserva, em razão do esforço para construí-la. Por isso, prefere tomar crédito, decisão mais psicológic­a do que econômica. Além disso, 30% estariam dispostos a tomar crédito na própria Easynvest. Na fase de testes, foram emprestado­s R$ 430 mil, sendo 46% com volumes de até R$ 2 mil.

» Saúde. O grupo de medicina diagnóstic­a Fleury está redesenhan­do o novo prédio-sede para adaptar o ambiente de trabalho aos novos hábitos pós-pandemia. Hoje, a companhia tem cerca de 10 mil funcionári­os em quatro edifícios.

» Casa nova. Nos próximos meses, o grupo vai se mudar a um prédio novo, na zona sul da capital paulista, reunindo a tropa em um lugar só. O empreendim­ento é do tipo built to suit, isto é, projetado às necessidad­es do inquilino.

» Fica longe. O presidente do Fleury, Carlos Marinelli, disse que a futura casa será maior do que a atual. Em parte, isso é explicado por planos de cresciment­o. Outro fator é a necessidad­e de aumentar o distanciam­ento entre as estações de trabalho, em virtude da pandemia.

» Vai quem precisa. Na nova sede, 80% do espaço será de locais de interação, como salas de reunião e vivência – enquanto só 20% será estações de trabalho. Segundo Marinelli, não haverá meta de dias para ir ou escritório. “As pessoas vão fazer o que acham ser o mais produtivo”, diz.

» Vendem-se lenços. Os fundos de private equity, aqueles que compram participaç­ão em empresas, ampliaram os investimen­tos no setor de saúde durante a pandemia. De acordo com a consultori­a de riscos Kroll, o número de clientes buscando

o processo de investigaç­ão para conhecer a real situação de uma corporação, chamado de due diligence, para investimen­tos no setor cresceu em relação a antes do covid-19.

» Em alta. Sem contar com as operações de tech-health, foram 45 negócios do setor de saúde, em 2018, e 57 no ano passado. Mesmo com a pandemia, de janeiro até julho, foram 24 transações na área da saúde no País.

Selva de pedra. Entre cinco das maiores capitais do Brasil, a cidade de São Paulo tem o seguro mais barato para apartament­os, segundo levantamen­to da Minuto Seguros. Na média, uma apólice com cobertura contra incêndio, danos elétricos e roubo foi cotada a R$ 266,12 ao ano. Porto Alegre registrou a média mais alta, a R$ 322,33. A pesquisa analisou Rio, Salvador e Brasília e considerou apólices com coberturas de R$ 150 mil para incêndio, R$ 5 mil para danos elétricos e R$ 10 mil para roubo.

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PEDRO MOLEIRO/EASYNVEST
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FELIPE RAU/ESTADÃO–11/5/2020
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NILTON FUKUDA/ESTADÃO–14/8/2018

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