VOLTA GRADUAL DA CULTURA EM SP
Bruno Covas assina protocolo de reabertura do setor cultural; entidades do cinema reagem
O prefeito Bruno Covas assinou nesta quinta-feira, 24, os protocolos setoriais de cultura para o plano de retomadas conscientes de São Paulo. A cerimônia contou com representantes de diversas entidades culturais, além do presidente da Câmara dos Vereadores, Eduardo Tuma, e o secretário de Cultura, Hugo Possolo.
De acordo com os parâmetros de reabertura, que já haviam sido definidos anteriormente, museus, salas de cinema, teatros, casas de espetáculos e outros equipamentos culturais retornarão às atividades presenciais somente na fase verde do Plano São Paulo, que regulamenta a quarentena em todo o estado.
“Esse protocolo de flexibilização só é possível porque partiu de vocês (setor cultural) dialogar com a Prefeitura”, afirmou o prefeito, em cerimônia transmitida à imprensa pela internet.
A próxima reclassificação do Plano São Paulo será no dia 9 de outubro, quando a capital paulista poderá ou não avançar da fase amarela para a fase verde, abrindo assim os equipamentos culturais ao público.
Alerta. Um terço das 3.507 salas de cinema do Brasil corre o risco de fechar definitivamente, levando o parque exibidor do País ao patamar dos anos 1960, se não houver uma reabertura parcial. É o que afirmam Ricardo Leite Difini, presidente da Feneec (Federação Nacional das Empresas Exibidoras de Cinema), e Caio Silva, diretor da Abr plex (Associação Brasileira de Multiplex), por meio de nota enviada ao Estadão. As entidades questionam a relutância do poder público para autorizar a retomada enquanto outros serviços de maior risco de transmissão de covid-19, como bares, restaurantes, igrejas e academias, estão atualmente em funcionamento. Segundo Difini e Silva, houve queda de 75% no faturamento dos cinemas neste ano, com perdas de mais de R$ 2 bilhões, mas 65% dos cinemas do mundo estão abertos com restrições.