O Estado de S. Paulo

Comprometa-se, ou fique em casa

- RÊ PROVA Renata Mesquita

Retomo um assunto que é familiar para esta que lhes escreve: frequentar restaurant­es. Não só porque é o objeto do meu trabalho, mas porque, nos últimos dias, pude observar que as pessoas estão voltando a frequentá-los com força total. Ou seja, é assunto em pauta, e traz muitas questões. Pelo menos, para mim, trouxe.

Primeiro: se a casa pede que você faça reserva, faça! Não é questão de frescura, é a forma que eles encontrara­m para poder controlar o volume de pessoas e evitar aglomeraçã­o na porta – situação que tenho visto muito por aí. Mas ainda mais importante: se fizer a reserva, vá! Ou, se mudar de ideia, pelo menos avise com antecedênc­ia que gostaria de cancelar.

Antes mesmo da pandemia, reservar e não comparecer já era algo bem feio de se fazer. Agora, então, é completo desrespeit­o. Pense comigo: se os restaurant­es podem ocupar apenas 40% do seu salão, uma mesa a menos que eles deixem de atender é um prejuízo enorme. Além do mais, eles se preparam para te receber, compraram insumos, pessoal etc... ou seja, um enorme prejuízo para uma turma que já está sofrendo horrores com esta crise.

Lá fora, já vemos muitos restaurant­es que cobram uma taxa do cliente na hora da reserva. Existem casos, inclusive, que cobram o valor total da conta já nessa hora (em restaurant­es que oferecem menu-degustação). Sei, porque já vi, que se isso começar a pegar por aqui, o pessoal vai fazer o maior escarcéu, falando que é um absurdo cobrar uma taxa de reserva. Então, da próxima vez que confirmar, apareça. Ou continue em casa. Afinal, a pandemia não acabou.

TODA SEMANA, RENATA MESQUITA VAI REPROVAR ABSURDOS VISTOS POR AÍ NESSA NOVA ROTINA IMPOSTA PELA PANDEMIA

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