Bolsonaro deve forçar polarização em SP
Acada vez mais iminente entrada de Jair Bolsonaro em cena nas eleições municipais faz estrategistas dos principais candidatos a prefeito de São Paulo estudarem como o fenômeno da polarização, que divide (e apaixona) os brasileiros, deve influenciar o voto do eleitor paulistano. Na largada, existe a percepção de que “polarizar” com Celso Russomanno (Republicanos), o líder nas pesquisas, poderá ser uma boa para candidaturas do campo contrário ao presidente, como Bruno Covas (PSDB), Márcio França (PSB ) e Guilherme Boulos (PSOL).
» Olha só. De olho na polarização, Covas pretende dar toques progressistas a seus programas na TV. Mostrará, por exemplo, os CEUS da atual gestão, todos com nomes de personalidades negras. A ideia também é engajar a ex-petista Marta Suplicy na campanha.
» Risco. Forçar uma polarização com Russomanno (apoiado por Bolsonaro), porém, embute riscos: o revide poderá ser na mesma moeda, o que aumentaria ainda mais a rejeição de Covas, por exemplo.
» Natural. No caso de Boulos, a polarização com Russomanno será inevitável, ainda mais porque, se ele não assumir esse espaço, Jilmar Tatto (PT) assumirá.
» Período .... Wilson Pedroso deixa hoje o Palácio dos Bandeirantes para se dedicar integralmente à coordenação da campanha de Bruno Covas à reeleição.
» ...integral. Pedroso, tucano da nova geração, transita bem entre partidos da coligação e é tido como construtor de pontes dentro e fora do próprio PSDB.
» Largada. Amanhã, Pedroso e Covas estarão juntos no “Webinar da Arrancada”, promovido pelo Diretório Municipal do PSDB.
» Dupla experiente. O exdeputado federal Beto Albuquerque (RS) e o ex-ministro Aldo Rebelo vão ajudar na coordenação da campanha de Márcio França (PSB) em São Paulo.
» Novidade. A candidata da Rede à Prefeitura, Marina Helou, 33 anos de idade, aposta na sustentabilidade e renovação da política. “Não é possível construir um futuro com promessas e políticos do passado.”
» Merecido descanso. O decano Celso de Mello confidenciou recentemente a um amigo: quando se aposentar do Supremo Tribunal Federal, já em outubro próximo, “não quer nem ouvir falar em direito”.
» Vixe. Há temor nos mundos jurídico e político de que a pequena antecipação da data de aposentadoria do decano provoque pirotecnia e piruetas por parte de quem sonha em ocupar a vaga dele no Supremo.
» Parceria. O Ministério da Justiça assina no mês que vem o convênio interinstitucional com a Universidade de Salamanca (Espanha) para que profissionais de segurança pública, tanto federais quanto estaduais, possam fazer mestrado e doutorado na instituição, conforme mostrado pela Coluna anteriormente.
» Formação. Os temas prioritários são: combate à corrupção, políticas de integridade, políticas públicas e governança global. O acordo não gera despesas para o ministério, já que os alunos devem custear suas despesas. Doze agentes já iniciam os estudos em outubro.
COM MARIANA HAUBERT. COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA E PEDRO VENCESLAU.