Doria retoma conversas para ter Moro na equipe
Com a quarentena obrigatória de Sérgio Moro chegando ao fim, João Doria retomou a ofensiva para ter o ex-juiz em seu time. Uma das ideias discutidas no fim de semana, segundo apurou a Coluna, é a de Moro assumir a vaga de Paulo Dimas, ex-presidente do Tribunal de Justiça e atual titular da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado. Mas havia outras opções sobre a mesa, entre elas, entregar ao ex-juiz uma função consultiva ou até a Segurança Pública. O mais importante para Doria é ter Moro, desafeto de Jair Bolsonaro, ao seu lado.
» Ixi. Não é uma operação fácil: Dimas é bancado pelo TJ-SP. O tribunal quer manter seu espaço no governo. A quarentena de Moro após ter deixado o Ministério da Justiça seria de seis meses, mas há brechas jurídicas para ele assumir um cargo ainda em outubro.
» Fichas. Se Doria e Moro se acertarem, o governador reforçará posições na centro-direita rumo a 2022.
» Clima... Tem sido tensa a relação nos bastidores entre a equipe de Doria e a do prefeito Bruno Covas (PSDB) em torno da volta às aulas na capital paulista.
» ...ruim. O principal foco de tensão envolve as poderosas escolas particulares da capital, que têm no secretário estadual da Educação, Rossieli Soares da Silva, um ardoroso defensor.
» Assinatura. A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) apresentou estudos, assinados por uma grife que trabalhou no Ministério da Saúde, para pressionar a Prefeitura de São Paulo. Não rolou.
» Novo... Elsinho Mouco está bem pertinho de ser oficializado como chefe do marketing da campanha de Celso Russomanno (Republicanos) a prefeito.
» ...marqueteiro. Elsinho, ex-marqueteiro de Michel Temer, foi convidado para assumir a campanha de Celso Russomanno por Marcos Pereira (Republicanos).
» Novo slogan. Em sua quinta tentativa de ser prefeito de São Paulo, Levy Fidelix quer deixar de ser o “homem do aerotrem” para ser o “candidato do Hamilton Mourão”. O vice-presidente da República é filiado ao PRTB do candidato.
» Tá... Cresce entre senadores, até mesmo entre aliados de Davi Alcolumbre, o sentimento de que uma alteração da regra sobre reeleição no Senado via resolução interna, ainda que seja mais fácil de ser votada, não terá o apoio necessário para sua aprovação.
» ...osso. Senadores alegam constrangimento com a manobra. Sobrará a alternativa de se votar uma proposta de emenda à Constituição, que demanda a anuência de três quintos dos parlamentares e votação em duas instâncias na Câmara e no Senado.
» Xi... Porém, entre os deputados, ao menos hoje, é quase certo que uma proposta desse tipo não passa.
» Sem detalhes. A expectativa dos aliados mais próximos a Alcolumbre é de que o STF diga que a reeleição para as Mesas da Câmara e do Senado é questão interna do Congresso sem estabelecer como a mudança de regra poderia ser feita.
» Breque. Alcolumbre soltou nota para rebater a ofensiva de seus adversários. Senadores viram a ação com surpresa e como uma tentativa de dirimir as críticas à sua estratégia.