UM MOVIMENTO PELO VERDE NA ZONA SUL DO RIO
Grupo de voluntários enfrentou desafios por causa da pandemia, mas plantio continuou
Apandemia do novo coronavírus dificultou o trabalho do grupo de voluntários que promove reflorestamento urbano na zona sul do Rio de Janeiro, mas não paralisou o trabalho. O número de árvores plantadas diminuiu – passou de 102 no ano passado para 65 em 2020 –, mas o resultado é motivo de comemoração diante das dificuldades enfrentadas.
Cada espécie é plantada de acordo com o planejamento da cidade e sempre em espaços livres, respeitando o meio ambiente. De acordo com o arquiteto e paisagista José Guimarãens, que trabalha no projeto Reflorestamento Urbano da Zona Sul, entre as espécies escolhidas estão Paubrasil, Mutambo, Mirindiba, Aldrago, Cedro, Gonçalo-alves, Clusia e Figueira.
Guimarãens afirma que o reflorestamento promovido pelo grupo não tem ligação com governos ou instituições. O movimento existe há cinco anos e conta com a participação de cerca de 50 pessoas, entre paisagistas, arquitetos, biólogos e botânicos. Há outros voluntários que contribuem para o planejamento e a execução das ações, que costumam ser realizadas em geral uma vez por semana.
As ações ocorrem por meio de doações arrecadadas e do trabalho de voluntários. O projeto faz parcerias com condomínios e estabelecimentos para adoções, plantios e mutirões.
O grupo também incentiva a população a regar e a monitorar a saúde das árvores, plantadas ou não por eles. E realiza limpeza e manutenção de canteiros, enseadas e áreas onde o verde possa se recuperar.
Segundo Guimarãens, a população pode ajudar indicando locais vazios para novos plantios, adotando uma muda com rega, fazendo manutenção e relatando problemas, participando de ações diretas que sempre precisam de mão de obra e logística ou por meio da doações de insumos, equipamentos ou dinheiro, sem obrigatoriedade ou valor pré-definido. O projeto Reflorestamento Urbano da Zona Sul tem páginas no Instagram, no Facebook e no site Vakinha Online.