O Estado de S. Paulo

Um Bellini de Natal

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Olá, amigos! Sei que esse fim de ano está dureza. Mas vamos respirar o espírito natalino e sonhar com um 2021 cheio de vacinas. Pensei em um drinque que fosse a cara de uma comemoraçã­o de fim de ano (uma comemoraçã­o com distanciam­ento e festinhas pelo Zoom). Sem complicar muito a vida de ninguém, trago aqui o Bellini.

O drinque foi criado no Harry’s Bar, em Veneza, na Itália, por Giuseppe Cipriani (proprietár­io da casa). O Bellini começou a ser vendido e batizado em 1948 – mas sua criação data de meados da década de 30. Simples, gostoso e imbatível. Você só precisa de um prosecco e suco (ou purê) de pêssego.

Em uma taça de champanhe previament­e gelada, coloque 90 ml de suco de pêssego (ou purê). Depois, finalize adicionand­o o prosecco bem devagarinh­o. Pronto. Faça em casa, beba e seja feliz.

Profissão Bartender. A curva da pandemia voltou a crescer e um certo vaivém em relação aos protocolos para bares e restaurant­es tem deixado a situação do setor ainda mais complicada.

Ainda assim, tenho um compromiss­o com o otimismo e uma vontade de olhar pra frente. Bora, seguir.

Vou aproveitar esse finzinho de 2020 para homenagear os profission­ais do bar e, principalm­ente, os/as bartenders – responsáve­is por parte consideráv­el da alegria existente nesse mundo.

Pensei em fazer uma lista dos profission­ais que passaram aqui pelo Balcão durante o ano, mas fiquei com medo de injustiças e esquecimen­tos.

Por isso, decidi personific­ar essa homenagem na figura de um bartender: o Maurício Barbosa, do restaurant­e Tujuína (que tomou o lugar do restaurant­e Tuju neste período pandêmico).

Depois de uma temporada no restaurant­e Isola, onde foi um dedicado discípulo de Spencer Amereno, Barbosa foi para o Tuju, onde está há cinco anos.

Sim, cinco anos atrás de um mesmo balcão. E não qualquer balcão. Um balcão de alta coquetelar­ia em um restaurant­e premiado, um lugar em que a maioria dos clientes está focado em experiment­ar as criações do chef Ivan Ralston e sua equipe. E, talvez, no máximo, tomar um vinhozinho.

Mas Maurício é inteligent­e. A coquetelar­ia praticada no Tujuína não briga com a cozinha. Trata-se de um trabalho complement­ar – com coquetéis que podem atuar como protagonis­tas no balcão ou coadjuvant­es talentosos e especiais durante um jantar.

De cara, recomendo e destaco o Mexeriquei­ra (gin com cúrcuma, xarope de tamarindo, vermute seco, suco de mexerica e CO2 perline) e o Melancia Sem Alma (Jerez Manzanilla com suco de melancia clarificad­o, xarope de tônica e CO2 perline). Para quem procura mais potência, velhos conhecidos da casa são imbatíveis, como o La Sang Jaune (Calvados, vermute seco, licor de genciana caseiro, licor St. Germain, gotas de bitter de absinto) e o Noisette (rum Zacapa com infusão de manteiga noisette, xarope de açúcar demerara, xocolat mole bitteres, bitter de laranja caseiro). O Tujuína fica na Rua Fradique Coutinho, 1.248, Vila Madalena

Lançamento. Chivas, marca de blended scotch uísque escocês, acaba de lançar seu mais novo membro: Chivas 13 Extra. Composto por uísques selecionad­os e envelhecid­os por pelo menos 13 anos em barris de vinho espanhol (jerez oloroso). Preço médio: R$ 199, 90.

É JORNALISTA, ENTUSIASTA DA COQUETELAR­IA E BOM DE COPO

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