O Estado de S. Paulo

Pode pet na cama?

- CRIS BERGER GUIAPETFRI­ENDLY.COM.BR É JORNALISTA, FOTÓGRAFA E AUTORA DO GUIA PET FRIENDLY

Seu pet dorme na cama? A Ella (minha sócia pet na coluna), sim, e eu adoro! Só parei para pensar no assunto quando meu namorado confessou que se incomodava em ter um cachorro na cama. Minha primeira reação foi responder: luta perdida, a Ella seguirá na cama. Depois refleti e achei que valia a pena olhar com mais atenção e encontrar um caminho do meio, que obviamente a manteria no posto de sempre: em cima da cama.

Resolvi, então, escutar seus argumentos: os cães pisam no chão sujo e sobem onde a gente dorme. Verdade, ele tinha razão. Problema que seria resolvido passando um lenço umedecido nas patinhas. E quando deitam em um local sujo? Um banho a seco no corpo todo resolve. Para reforçar os cuidados com a higiene, uma manta no espaço que o pet deve ficar ajuda a manter o lençol limpo. Por último: não há espaço suficiente. Compra-se um colchão maior, um king size, de preferênci­a.

Estudos mostram que estar próximo de um cachorro traz segurança e conforto. Às vezes, encosto uma parte do meu corpo no da Ella ou pego a sua patinha com a mão, pois sinto tranquilid­ade e sei que isso é a ação da ocitocina no meu cérebro. Para quem não sabe, é o mesmo hormônio que é liberado quando as pessoas se apaixonam. E também está associado a ondas cerebrais theta, presentes no sono.

A médica veterinári­a Natalia Ardizon, da clínica Salute Animale, lembra da importânci­a de antipulgas e vermífugos estarem em dia para dividir a cama com seu pet. “Os benefícios são muito maiores do que os malefícios. Cria-se uma harmonia, um momento de relaxament­o entre tutor e pet”, comenta Natalia. Ela também destaca os cuidados, na hora de subir e descer da cama, com os animais pequenos e os mais velhos com problemas articulare­s. Escadinhas

resolvem esses casos.

Outro argumento que usei para defender a presença da Ella em cima da cama foi: ela está acostumada, faz isso há seis anos, não posso simplesmen­te mudar seu hábito do dia para a noite. O melhor caminho é buscar informação, limpar as patinhas e o pelo, delimitar a área que é do pet e, no meu caso, fazer com que a Ella conquiste seu coração (o que cá entre nós, é muito fácil de acontecer). O que não tem solução são os roncos da sharpeizin­ha: a Ella ronca alto!

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CRIS BERGER/GUIA PET FRIENDLY
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