Estados perdidos sem orientação de Pazuello
Com idas e vindas na orientação do Ministério da Saúde sobre a reserva para aplicação de segunda dose da Coronavac, os municípios estão pressionando os Estados por uma decisão final: o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) encaminhou ofício para a pasta pedindo orientação formal sobre o que fazer com o estoque atual e com as doses previstas para chegarem até o início do próximo mês. O ministério os orientava pela reserva da segunda dose da Coronavac até a semana passada, quando Eduardo Pazuello disse o contrário.
» Explicando… “Estão ocorrendo interpretações divergentes, inclusive, quanto à utilização das doses já distribuídas nas etapas anteriores e ainda reservadas para aplicação da segunda dose, o que vem gerando pressão sobre as coordenações estaduais de imunização”, diz trecho do documento.
» …para confundir. Em reunião com prefeitos, Pazuello pediu a todos que usem as novas doses da vacina para acelerar a imunização. Formalmente, não houve mudança na orientação.
» Help. O aval do STF para que Estados e municípios comprem vacinas foi comemorado, mas há problemas: “Disposição para comprar nós temos, mas não temos fornecedor. Não identificamos ninguém com pronta entrega”, afirma Renato Casagrande (PSB-ES).
» Ainda demora. Apesar de ter prometido incluir os professores no grupo prioritário de vacinação, o ministério calcula que a partir da terceira semana de março é que o envio de doses, de acordo com o cronograma apresentado, estará normalizado, ou seja, constante e dentro do previsto.
» E aí? O Pará se incomodou com a participação de Pazuello na reativação do hospital de campanha de Santarém. Para a gestão paraense, o ministro quis capitalizar a abertura de leitos para pacientes com covid19, mesmo não tendo destinado recursos ao hospital.
» Mais um, o segundo. A Executiva Nacional do PSL recebeu novo pedido de expulsão de Daniel Silveira. Liderados por Júnior Bozzella, sete deputados alegam que o colega “defende o autoritarismo e o retorno de medidas ditatoriais”.
» Peraí. Eduardo Leite (PSDB-RS) afirma que o fim do piso para saúde e educação na PEC Emergencial “está dentro da motivação oportuna de menor engessamento do Orçamento, mas talvez careça de uma reflexão mais forte sobre impactos e alternativas”.
» Qual é. Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou: “Muita falta de sensibilidade querer resolver o auxílio emergencial fragilizando os recursos de duas áreas essenciais, como educação e saúde, especialmente diante de um momento dramático”.
» Calculadora... Aliado de Bolsonaro, o empresário Flávio Rocha, da Riachuelo, defendeu a intervenção do presidente na Petrobrás. Segundo ele, havia “má vontade da gestão anterior”.
» ...na mão. Rocha disse ser importante a criação de “critério claro, matemático e conhecido de precificação” dos combustíveis.
» Agora vai! Entidades dedicadas à Justiça Eleitoral, como a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), mandaram ofício a Arthur Lira (PPAL), em apoio à iniciativa de rever o Código Eleitoral.