O Estado de S. Paulo

O LEGADO DE CHIQUINHA

Atrações no teatro e na TV, além de site dedicado a sua obra, preservam a memória da compositor­a e maestrina

- Danilo Casaletti ESPECIAL PARA O ESTADÃO estadao.com.br/e/chiquinha

No final dos anos 1990, seis décadas após a morte de Chiquinha Gonzaga, duas iniciativa­s foram fundamenta­is para a preservaçã­o do legado da maestrina brasileira. Em 1998, o musical Ó Abre Alas, escrito por Maria Adelaide Amaral e baseado na biografia escrita por Edinha Diniz (consultora da mostra no Itaú Cultural), foi protagoniz­ado pela atriz Rosamaria Murtinho.

“Ela não tinha dinheiro para comprar chapéus – e mulheres, na época dela, só podiam sair de casa cobrindo a cabeça –, então começou a usar laços. Era uma mulher forte, corajosa”, comenta a atriz em entrevista para o Estadão.

Um ano depois, a TV Globo levou ao ar uma minissérie de 38 capítulos escrita por Lauro César Muniz com o nome da compositor­a. Mãe e filha, as atrizes Regina e Gabriela Duarte deram vida a Chiquinha em diferentes momentos. A direção foi de Jayme Monjardim. Rosamaria também participou, mas, dessa vez, no papel de Princesa Isabel.

Ao assistir à minissérie, o então estudante de piano Wandrei Braga decidiu criar um site para preservar a memória de Chiquinha (chiquinhag­onzaga.com), que até hoje segue no ar. Em 2011, ele esteve à frente de um projeto que digitalizo­u 360 partituras com composiçõe­s da maestrina e as ofereceu gratuitame­nte.

Recentemen­te, Braga e a pianista Maria Teresa Medrado lançaram a coleção Chiquinha Gonzaga Para Todos: Piano Iniciante ao Avançado, com 145 partituras divididas em quatro livros (R$ 300). “Chiquinha é uma compositor­a de transição. Para entender a música brasileira, é preciso estudar suas composiçõe­s”, afirma Braga.

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